9 de setembro de 2016

Teresa Fênix (sexta parte B)



Os dias modorrentos  iam se  passando. E a perturbação cotidiana  da Maga Psicológica, discutindo sempre  em voz alta nos corredores do modestíssimo prédio onde moravam Ulisses, Teresa Fênix e o grego. Esse pequeno conglomerado, tinha similaridade com as hospedarias cariocas,  nominadas como cabeça de porco. Por último Maga Psicológica denunciou Teresa Fênix ao Conselho Tutelar, por negligenciar no estudo de Ulisses, o qual estava apresentando notas baixas em português, história e geografia. Na compensação,  em matemática era nota máxima. Os mecanismos superiores mentais,  diante das disjuntivas existenciais não impedia o raciocínio cartesiano.  A alcaguete foi à  fundo no expediente do denuncismo, tendo sido necessário se constituir um advogado. Zeca tão logo soube do caso, solidário, acompanhou a filha dele ao Conselho Tutelar, nos primeiros dias primaveris.  A atendente era graduada pelo Serviço Social, solícita deu  início a anamnese social e psico-antropológica dirigida a mãe e ao filho. E no final, a conclusão da técnica não viu nada que acolhesse a delação. Recomendou a genitora de Ulisses, que a aula particular nem sempre  é suficiente. Se faz necessário a mãe ser coadjuvante do filho na tarefa da  pesquisa e dos trabalhos escolares.  Mais uma vez a Maga Psicológica deu com os burros n'água.

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