16 de novembro de 2022

Brasil generoso

 

 Vir debaixo de vara, significa vir sob a chibata da tortura. Os donos dos escravos assim procediam, quando a força de trabalho,   cometia  algum delito. É assim a humanidade. Mesmo tendo lido Leo Huberman,  no livro  História da riqueza do homem, poder-se-á compreender feito a claridade solar, a origem da riqueza. Feito o racismo e/ou a injúria ou ofensa racial, é algo cujo o pertencimento, se encontra instalado no imaginário popular, quer do agressor, quer  da vítima. O abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco (1849/1910), vaticinou:  pior do que a escravatura, é a herança da mesma. Três são os tipos de  racismo:  estrutural, individual e o  institucional.  Os brancos supremacistas estão representados pelos seus ascendentes, os quais não respeitam por exemplo, as cotas étnicas. Não existem   diplomatas pardos, indígenas ou afrodescendentes  (exceção o para o   diplomata negro Raymundo Souza Dantas 1923/2002), médicos e outros, são pouquíssimos  elevados às condições  dos  níveis superiores. Os nordestinos, esses bravos brasileiros, vira e mexe são segregados, imputando-lhes uma injusta  subcondição social, com ofensas  absurdas, acusando-os de  incapacidades cognitivas. Esse é o Brasil, colonizado pelos lusitanos, como classe dominante, e outros sucessores dos olhos azuis, vindos pela dor da fome,  das terras frias europeias. Todavia  a maior riqueza étnica, é a miscigenação produzida em grande parte  pelos índios e africanos. O Brasil é acolhedor de refugiados vindos das mais distantes terras.  Esse é o Brasil generoso de Jorge Amado, Manuel  Bandeira, Lima Barreto e tantos outros...