25 de dezembro de 2011

O poder judicário na berlinda.

O Poder Judiciário, está na berlinda ! Por conta da posição do Conselho Nacional de Justiça, órgão do mesmo poder, criado por emenda constitucional em dezembro de 2004. Em resumo, esse Conselho, tem a missão espinhosa, de fiscalizar os atos do poder judiciário. O país em 1990, começou a sua faxina, quando demitiu um Presidente da Republica, e o Congresso Nacional sofreu dois expurgos: os anões do orçamento e o mensalão dos deputados. E não parou, pois, governadores foram destituídos, e as policias estaduais, continuam afastando os maus servidores. E por fim, a Lei da Ficha Limpa, por iniciativa genuinamente popular. O processo de limpeza no judicário, esbarra no corporativismo,com a resistência das associações de juizes, que desejam impedir a ação do Conselho Nacional de Justiça, de indicar punições, aos juizes que comprometem a imagem, dessa importante símbologia da democracia. Pois é sabido, que onde há não justiça, não há liberdade ! Segundo alguns matutinos, o Conselho Nacional de Justiça, encontrou movimentações de muitos milhões de reais. Eis uma assustador notícia : três cidadãos em tribunais paulistas e baianos, movimentaram cerca de 116 milhões de reais, em um só ano. Por conta de quase quatro milhões, encontrados na casa de um contraventor, que deve ser punido, contudo, fez-se um retumbante estardalhaço, num horário nobre da midia. Igual tratamento, deve ser dado aos fatos de corrupção, em se tratando de verba pública, desviada por membros do poder judiciário. Se faz necessário investigar, e com provas bem fundamentadas,   praticar uma justiça imparcial e paradigmática




Estação Ferroviária














A estação ferroviária de Mimoso do Sul, foi inaugurada pelos ingleses em 1896. Eles eram os donos, e a empresa se chamava Leopoldina Railway. A gare, foi palco de alegrias e tristezas. Nos anos sessenta, o pioneiro trem de passageiro, era uma Maria Fumaça, movida à lenha, e se chamava de Noturno , não o de Chopin, mas tão importante quanto.  O comboio, saia à noite para o Rio, e voltava noutro dia, em torno das dez horas da manhã. Havia uma subdivisão de horários, e de categorias. Além do supracitado "noturno", circulavam o mixto, composto por vagões de carga, e um único vagonete de passageiros, com a primeira classe, de poltronas e a segunda, de compridos e duros bancos de madeira. O "misto" na sua simplicidade, tinha como freguês contumaz, o coronel Clarindo Lino, o mais opulento latifundiário da região. Segundo informações de polichinelo, só embarcava na classe mais barata. Eis uma pequena curiosidade: seu irmão, Severino Lino foi dono da Assyrius - a mais luxuosa boate do Rio de Janeiro - nos anos setenta, e se situava na avenida Rio Branco, de frente a Cinelândia. O outro trem, era o "expresso", o preferido de Almerinda Braga, saudosa tia e madrinha, nas suas viagens à Campos. O seu ponto de origem era Cachoeiro do Itapemirim, e passava compulsoriamente por Mimoso do Sul, às sete horas da manhã. O trem carregava a alegria, quer por retornar pessoas amadas, quer por trazer revistas, jornais e cartas românticas, e simbolizadas sempre na esperança . Transportava os jovens até ao Rio, na busca aventureira de um trabalho, ou para acrescer novos saberes. A despedida era sempre coberta de lágrimas, e longos e apertados abraços. Era como estivessem partindo para a "guerra". Os trens foram se modernizando, e inesperadamente  chegou um imponente trem de aço. Tal máquina jamais tinha sido vista, pelos simplórios olhares daqueles munícipes. Foi um verdadeiro "frisson". A locomotiva  era movida a óleo diesel. E para o orgulho civilista, era conhecido como, "cacique". Seus maquinistas-condutores envergavam elegantes uniformes, azul-marinho escuro, e quepe. Como se fossem trajes de gala, lembrando o almirantado inglês. O "Cacique", agregava um ou dois carros-leito. Contudo,a  grande novidade ficava por conta do carro-restaurante. Esse carro era o "must". A moda  era degustar à bordo, um bife à cavalo, que compreendia: um filet mignon com dois ovos estrelados, e a guarnição com arroz e fritas. Inexoravelmente, acompanhado por uma cerveja de casco-escuro  estupidamente gelada. Era o clássico pedido. Na ausência d'Orient Express, Agatha Christie, poderia ter se inspirado "n'O Cacique" emoldurado de sedução e glamour. O mistério ficaria por conta do riquíssimo imaginário da escritora. Na América do Norte e a Europa, trens velozes e confortáveis deslizam longas distancias a preços módicos. Aqui nesse Brasil continental, que por "razões de estado", teve precocemente sucateada a sua linha férrea, para dar lugar a alternativa rodoviária.  E la nave va !