29 de setembro de 2013

Racismo no futebol (*)



O primeiro time de futebol a acolher um afro-descendente, foi o Bangu Futebol Clube, situado no bairro do mesmo nome, na zona oeste do Rio de Janeiro, e vizinho de Campo Grande e Santa Cruz. O Bangu era financiado pelos ingleses, então donos da fábrica de tecidos Bangu. Francisco Carregal, foi o primeiro afro-descendente a ser titular no Brasil, pelo Bangu. Depois Carregal foi craque do Flamengo Futebol Clube na modalidade do basquetebol. Parte dos Carregal moram em Copacabana, e se sentem legitimamente orgulhosos dessa ascendência atlética e genuinamente carioca. Quando o paulista Charles Muller, brasileiro, e filho de pai escocês, em 1894, trouxe da Inglaterra, primeira bola de futebol, e dois pares de chuteira para o Brasil, havia uma segregação, um preconceito racial, pois haviam os estádios de futebol dos brancos, e os negros em campinhos de futebol improvisados, nas várzeas. Entre 1920 e 1930, São Paulo chegou a ter 12 ligas informais, de pessoas de cor, que eram impedidas de participarem das ligas das elites da cor dito, brancas. Esses impedimentos dificultavam a ressocialização dos ex-escravos, recém libertados da masmorra. O Vasco da Gama Futebol e Regatas, foi um belíssimo exemplo, pois enquanto time de futebol, tentou disputar em 1924, a primeira divisão carioca, todavia teria que excluir doze jogadores negros, de acordo a exigência da preconceituosa Associação Futebolística. Não atendeu a pressão e não disputou. Salve o Vasco da Gama. (**)


(*) Matéria adaptada ao texto de Renato Grandelli, d'O Globo -  28/09/2013

(**) Como mestrando da UENF, por favor, afim de avalizar meu projeto, solicito os seguintes dados do prazeroso visitante:
Qual o sexo? Idade, escolaridade,  e a Unidade da Federação.  Muito obrigado.




19 de setembro de 2013

O ladrão de galinha, e o ladrão de casaca



Há um aforisma, de cunho popular, assim: "Para os amigos tudo, para os inimigos os rigores da Lei", essa máxima popularesca e (des)pretensiosa, remete a uma reflexão diante do julgamento dos protagonistas do julgamento, apelidado pela imprensa de "mensalão"(desvio de 141 milhões de reais dos cofres públicos) que foram beneficiados, coincidentemente, após da nomeação dos novos ministros, os quais votaram a favor da quadrilha, que segundo o Ministério Público Federal, construiu o valhacouto junto as hostes do alto poder público do país. O Brasil consciente está de luto... recolhido face ao desfavor que alguns patrícios cometeram contra a República brasileira. Não se deveria acreditar, que o país está abaixo da linha do Equador, um país periférico, não tão somente no recorte geográfico, mas naquilo que é ético e moral. A bandeira brasileira está à meio-mastro na consciência daqueles que incorporam sentimento cívico, diante dessa hecatombe, que vitimou grande parte da nação brasileira. A convicção de Cícero - grande tribuno romano - que do altíssimo saber, no seu terceiro livro do tratado "Dos deveres", citou os versos de Eurípedes, repetidos por Julio Caio César: "Se se há de violentar a justiça, é para reinar que se deve violentá-la. Nos demais casos, pratica-se a virtude". O julgamento desses juízes, que estão acima do e bem do mal, será através da história, contudo serão prisioneiros da suas próprias consciências, pois relembrarão dos seus votos, ao adentrarem nos teatros, cinemas e outros locais, quando serão recepcionados com insultos e vaias dos populares. Fica patenteado que a justiça é enviesada, a favor dos endinheirados. Se fosse um ladrão de galinhas, certamente já estaria algemado e trancafiado numa cela fétida, num desses rincões do Brasil tupiniquim e continental.

5 de setembro de 2013

Espionagem


A mídia se ocupa através de todos os meios disponíveis, sobre a possibilidade de que autoridades brasileiras, foram e/ou estão sendo espionadas pelos órgãos de inteligência do grande país da America Setentrional, ou melhor, da terra do Tio Sam. Para compreender essa complexidade - Henry Kissinger - no prefácio do seu livro, lançado pela Editora Objetiva – Sobre a China – assim escreveu: “ O excepcionalismo americano é missionário. Segundo a doutrina , os Estados Unidos tem a obrigação de disseminar seus valores em todas as partes do mundo”. Está evidenciado o caráter oficial desse país, que prega ser o paladino da verdade. A nação norte-americana assim se considera, e por isso, que se envolve em grande parte nos conflitos no mundo. Atentamos para a perspectiva de se invadir a Síria, por um suposto uso de armas químicas. Se faz mister a aprovação do Congresso norte-americano, para se efetivar a intervenção pelas armas, a esse país de origem árabe. E por ser assim, forte e poderoso - Washington - intervém nas soberanias de outros povos, e por essa razão, tem sido a nação americana, a maior vítima, (considerando históricamente, os olhares da adversidade) dos (in)justificados atentados terroristas. A intervenção nem sempre é militar, sendo que muitas das vezes se reveste de robustos investimentos em países com maiores dificuldades, sugando-lhes na maximização dos lucros, e não permitem, ou não são facilitadores da transferência tecnológica. A práxis intervencionista contraria frontalmente a tradicional e norteadora Doutrina Monroe, editada na primeira metade do séc.18, e sancionada pelo então presidente, James Monroe. Alegam os americanos do norte, que as espionagens são para conter os ataques de grupos terroristas, todavia há controvérsias, pois nessa esteira de justificativas, é provável que, escarafunchem negociações comerciais, e/ou estratégicas no setor energético( por exemplo o pré sal) e geopolítico. Não cabem bravatas. Recomendar-se-ia o exercício de uma eficaz diplomacia. Pressionar o governo "yankee", junto aos organismos internacionais, tais como a ONU –Organização das Nações Unidas, OEA - Organização dos Estados Americanos(com sede na Costa Rica) Tribunal de Haia, Organização Mundial do Comércio e outros. Os Estados Unidos pensam e agem diametralmente contrário ao modus vivendi" da China, que não possui a prática expansionista tradicional, e que convive com a universalidade cultural. Exceto, a sua intransigência inaceitável em manter o Tibet sob o domínio dela.

1 de setembro de 2013

Herois anônimos



Sete de setembro de 1889, data simbólica, que se torna importante para a formação da cidadania brasileira, começando desde cedo essa atividade cognitiva tendo como conteúdo a "terra brasilis". Em todas as escolas do país dever-se-ia cantar o Hino Nacional, e ter conhecimento do significado da semiótica que emoldura os símbolos nacionais, oriundos da história. É na fase infanto-juvenil que se impregna, a idéia da valoração dos signos nacionais. Do respeito à Pátria, a República e seus poderes constituídos. E por se tratar de civismo, por aqui, nesse pacato condado, o poder público resgata a história e ergue-se um modesto - contudo - um cosmopolita memorial, para que se lembre dos heróis, que lutaram pela democracia na Segunda Grande Guerra Mundial, e que tal fato nunca mais se repita. Os filhos de Mimoso do Sul que convocados pelo Exército Brasileiro, não arrefeceram e embarcaram em 1944, para a Itália, na época, aliada dos alemães. Corajosos “pracinhas” foram lutar contra o nazi-fascismo, salvando o mundo da loucura assassina do alemão Adolfo Hitler, e coadjuvado pelo italiano Benito Mussolini. Alguns bravos conterrâneos, voltaram com as sequelas da guerra, outros morreram. Essas legítimas homenagens são prestadas aos heróis de todos os países envolvidos, na Segunda Grande Guerra Mundial. No Rio de Janeiro, Paris, Londres e Moscou e agora em Mimoso do Sul, localizado no extremo sul do Espírito Santo, que conquista lugar de destaque na galeria dos povos que reconhecem e cultuam seus bravos soldados. Parabenizo os Poderes Legislativo, que votou e aprovou o projeto de lei, e a sensibilidade do poder executivo que sancionou a citada lei, de cunho cívico-cultural-histórico e educativo. Dia 06 de setembro, resgata-se a história , ao se inaugurar na Praça Cel. Paiva Gonçalves o memorial desses heróis .