4 de agosto de 2019

Num inverno com chuvas finas.

Por essas terras no extremo sul capixaba, quase fluminense diante de um frio respeitável, para mim ascendente suave do nigeriano. Numa  mesa de café com leite, pães canoados na manteiga, biscoitos e os pãezinhos  de aipim, preferidos da minha holandesa,   amada Fátima Jansen. A narrativa se deu, com cântico  da igreja próxima a casa onde moramos, "viajei" alguns anos luz, quando a minha mãe, aos meus 14 anos, tentou com a ajuda do  Padre Paulo, me internar no seminário, localizado no interior de São Paulo. Fátima Jansen, ouvia atentamente o relato, e  me pareceu querer saber o final dessa "novela". Disse-lhe assim: talvez vá gostar do fechamento dessa estória. Eu era coroinha e da cruzada eucarística. Enfim um jovem quase "beato", numa pequena cidade de tendência agro-pastoril-cafeeira. O sacerdote não  ficou aborrecido com a negativa do meu pai, contrário em ter um filho padre ou pastor. A amizade com o religioso continuou. Sendo que duas vezes me pediu para entregar  envelopes lacrado a uma moça, residente a rua  Crispim Braga. Servia-lhe com prazer nesses pequenos favores. Alguns anos se passaram,  e fui residir no Rio de Janeiro. As coincidências existem, como as bruxas. Encontrei em Copacabana, no Lido, um velho amigo, e a irmã dele. Com alegria e gentileza nos abraçamos. A moça bem humorada, falou em alto e bom som:  se lembra que me entregou duas correspondências do Padre Paulo? Claro que me lembro. Pois é, continuou a interlocutora, eram cartas de amor !