12 de novembro de 2022

Rolando Boldrin

 

 

Registrar na memória,  e depois    transliterar  em narrativas, tendo como foco,  personagens  com passagens virtuosas, por períodos representativos através das diversas atividades exercidas, poderá  ser uma tarefa por demais complexa. Posso citar como exemplo,  alguns desses ícones com larga  sabedoria, na certeza(além da morte),de existirem muitas outras estrelas, no universo do conhecimento  mais percucientes. Cito por enquanto Câmara Cascudo, Patativa do Assaré, Bach e Rolando Boldrin. Esse último foi visto no zênite, ponto mais elevado, é o auge do espaço sideral. Zênite se origina do árabe, podendo significar acima da cabeça. Ele foi ficcionalmente  avistado por uma nave transespacial, tendo acenado para o seu condutor. Há algum tempo, tive uma rara oportunidade de lhe falar, enquanto  Secretário da Cultura do município infra citado, tentei contratar Rolando Boldrim  para apresentar um dos festivais de Sanfona e Viola em São Pedro do Itabapoana, na ex-sede do município de  Mimoso do Sul(ES), tomado pelas armas, em 2 de novembro de  1930, início de ditadura Vargas.Na conversa com Rolando Boldrim, informei tendo trabalhado longos anos  com escritor e ex-senador Artur da Távola. Imediatamente, Rolando disse-me que o escritor acima citado, havia escrito duas crônicas sobre o mesmo. E pediu-me para enviar a última narrativa, a qual  não a possuía. E fiz-lhe com prazer e cordialidade. Infortunadamente não tive êxito em contratá-lo.  Rolando Boldrim foi um intelectual da cultura brasileira. Preservava a música nas suas mais recônditas raízes, divulgando-as nos vários programas na televisão e no rádio. Transcendia,indo até a poesia dos modernistas, como Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira e Drummond. O mistério da morte   nos privou  dessa agradável convivência  com Rolando Boldrim. Foi um  brilhante astro, detentor  da mais refinada sabedoria do viés da música,   e da poética brasileira. Partiu Rolando Boldrim...