18 de julho de 2022

A narrativa e o hiperealismo

 Narrar, contar historia,  relatar fatos ou quaisquer outros arquétipos na linguagem escrita, pode carregar estereótipos ou não. A narrativa por si só  no  jornalístico está eivada de fóveas humanas, como um zoom típico, cujo o pertencimento bate nas franjas do jornalismo do espetáculo, livro escrito pelo   francês   Guy Debord, no livro  La société du spetacle.  A notícia é um direito da sociedade. O dever da informação é um postulado inaugurado pelo iluminismo. Tomar conhecimento do fato,  interpretando-o,  é tarefa da  inteligência, o complemento é dar  profundidade a mensagem, como disse o escritor porugues Fernando Pessoa. Caso contrário, pouco se apreendeu. Esse gentleman agreement, é algo genuinamente pessoal. É a tratativa da honestidade de quem informa para o público,  consigo mesmo.  Como se fosse um juramento implacável. Não é uma práxis muito usual, pois o vil metal, muitas das vezes interfere perversamente, nas relações empregado e empregador, a criatividade é castrada.  Nas noites cariocas vividas, certa madrugada  no Largo do Machado, próximo ao Lamas, o  jornaleiro gritava assim: cachorro faz mal a moça ! Todos acorreram na compra do jornal, para saberem, da  informação bizarra na primeira página daquele jornal carioca. Ao lerem,os curiosos ficaram decepcionados, pois era um cachorro quente ou o neologismo:  hot dog, que fez mal a moça. Nada mais.