27 de janeiro de 2017

Teresa Fênix 27a.parte

Maga Psicológica estava diante da difícil  tarefa  patrocinada pelo filho, que  se encontrava preso, e na última visita incumbiu-lhe de  arrancar dinheiro do pai. O genitor    considerava o Chefe, como  filho de uma  aventura,  como sempre falava nas vendas da zona rural, após  beber vários  cipós-grau, cabendo a secular frase em latim: In vino veritas(*). Jamais exerceu a responsabilidade paterna. Tratava  os empregados e desconhecidos  com grosseria, e total ausência de uma razoável educação. Era um indivíduo truculento. Se portava como um coronel da República Velha(1889/1930), pois usava arma de fogo (sem autorização) e dois asseclas lhe davam segurança. Acessar o pai do Chefe era uma missão desconfortável, pois ele sempre negou peremptoriamente a receber a mãe do filho dele. Na pequena cidade próxima das atividades empresariais, havia um medroso e subserviente técnico em contabilidade, o qual cuidava dos interesses do rico cabouqueiro. Se lhe perguntassem, nada informava sobre esse importante freguês. Maga Psicológica foi ao técnico contábil, cujo apelido era  Zé Champruca e expôs a dramaturgia na qual estava a coexistir. O guarda-livro ficou temeroso, quanto a ameaça de morte  ao rentável cliente. Zé Champuca coçou a cabeça nervosamente. Foi ao banheiro e retornou em bicas, suando frio. O pânico lhe tomou conta, pois se lembrou de um caso semelhante, quando o tio desse profissional contábil, foi executado (no interior das Minas Gerais, num arraial conhecido como Conceição do Mato Fora) a mando  do filho(que cumpria pena por homicídio doloso) e primo de Zé Champruca, numa  infortunada tentativa de extorsão 

(*)No vinho está a verdade.

15 de janeiro de 2017

Teresa Fênix - 26a.parte

Maria Guadalupe meditava dia e noite, como poderia abordar aos pais dela,  a proposta de Ulisses de se casar  intempestivamente. com parcos argumentos. Mas não desistia em buscar uma saída pelo impasse.  A mãe bastante rígida nos conceitos ibéricos, herdados, sob a ótica da moral hispânica (aliás nada recomendável em termos históricos). Resolveu  falar ao pai dela, pois era  uma melhor escuta. Enquanto tempo voava numa velocidade supersônica, Maria Guadalupe não conseguia estudar ou ver televisão,  durante a passagem desse vulcão de grandes proporções. Decidiu ganhar tempo(nem tanto), para alinhar os pensamentos. Passaram-se alguns dias, e faltava-lhe coragem para estabelecer o embaraçoso diálogo paterno. Eis que de repente, algo de estranho aconteceu. Observou que na data quase costumeira, não  se menstruou. Poderia estar grávida? Avaliou consigo, o absurdo possível. Alados em formação de ataque: um vulcão e um tsunami. A possibilidade de estar grávida invadia-lhe a alma. Era o fim do mundo, pensava Maria Guadalupe.  Necessário seria exame laboratorial para se confirmar ou não a suspeição da  gravidez. Consultou-se a um médico particular, pagando-lhe com a mesada recebida, e  em seguida submeteu-se ao exame adequado. Pela ansiedade da jovem Maria Guadalupe, o resultado sairia em dois longos dias de expectativa.