A frase-título supracitada, é do poeta gaúcho Mário Quintana (1906/1994), que por razões não justificáveis, não teve assento como imortal na Academia Brasileira de Letras, ou ABL. Discorrer sobre a amizade, é uma tarefa plural, pois há diferenças culturais na demonstração desse sentimento. A frase do poeta, pode indicar ser na amizade, a virtude mais habitada pelo amor, ou não. Existe também o amor místico-religioso, com larga aceitação, podendo alcançar agudo radicalismo. Além dos sentimentos amorosos e fraternos encontráveis no seio familiar. Curiosamente, Beethoven no quarto movimento, conhecido como Ode a Alegria, da Nona Sinfonia e última sinfonia desse ícone da música, sendo na parte vocalizada, a mensagem sugere ser o homem infeliz, é àquele que não amou. Pela geração desse compositor, é possível, ter sugerido o idílio entre um homem e uma mulher. O filme - Minha Amada Imortal - trata sobre a biografia(parte) do Beethoven. Essas digressões singram vários oceanos interpretativos, pois tomo como exemplo a ausência de convite nos eventos como casamentos, aniversários e outros. Para àqueles amigos de "copo e de cruz", é preciso "jogo de cintura". Pois, quando dessas comemorações, o amigo não convidado, muitas das vezes, rompem ou azedam relacionamentos com décadas de convivência. Certa vez, o meu superior profissional, recebeu um ligação mais ou menos assim: Puxa Paulo, li no jornal ter sido o seu aniversário comemorado no restaurante "Saí Debaixo". Porque não me convidou? O Paulo reagiu: escuta-me, os meus convidados foram àqueles que ligaram para lembrar do meu aniversário ! Não registrei a sua ligação. Eis um exemplo das crônicas urbanas, no dia-a-dia. É necessário uma boa dosagem de afinidades, para se compreender ações e reações comumente registradas, conforme o fato acima citado. Há quem diga ser o sentimento entre homem e uma mulher ou do mesmo sexo, mãe ou pai com filhos(as) e outros, não é amizade, é amor-ícone transportando todos os sentimentos da bem-aventurança aos entes queridos, sanguíneos ou não. "E la nave va "!