28 de fevereiro de 2017

Teresa Fênix ( 30a. parte)

Ela chegou dentro do tempo  previsto, na casa do ex-amante.  José do Egito, antigo colono  e meeiro da fazenda a recebeu gentilmente. Maga Psicológica  de pronto disse da imperiosa  e urgentemente necessidade,  de se  falar com dono da propriedade rural. Sob o alpendre da casa bem conservada, sentou-se e sentiu uma ligeira tonteira. Em seguida, o ouviu nítido  e  altissonante, vociferar: Não falo com essa muié !  Manda ela ir embora. Assim falou o pai do Chefe. José do Egito ao chegar na varanda encontrou Maga Psicológica caída e estrebuchada,  se debatendo no assoalho. José do Egito, iniciado no candomblé, fez-lhe uma oração. O dono das terras, chegou e afirmou que ela tinha incorporado a  Pomba Gira,  e que pertencia a umbanda, e considerada veterana e temida feiticeira. O colono José do Egito,  falou firmemente ao patrão,  não era  nenhuma entidade do sincretismo de matriz africana. Ela precisava de um médico. Gradativamente ela foi recobrando os sentidos mais elementares, e pediu água com açúcar. Disse ao José do Egito, que  teve uma crise  hipoglicêmica, causada por forte impacto emocional. E que de outras vezes o mesmo havia lhe  acontecido. Maga Psicológica estava vivendo o drama de contar ou não,  ao fazendeiro, sobre o risco de vida que correria, caso não  desse dinheiro para o filho presidiário. Os internos possuem redes organizadas de comparsas para executarem com frieza os desafetos.