23 de março de 2018

Teresa Fênix 45a. Parte

Teresa Fênix rides again, em direção ao filho de Zeus. Impassível passou ao largo das investidas para retornar o romance, onde o amor inexistia. O Comandante, teve um breve diálogo assim: Porque tem me evitado, o meu Comandante? Porque orgulho e preconceito? Ele então respondeu: " Vaidade e orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam usadas como sinônimos. O orgulho tem mais a ver com nossa opinião a respeito de nós mesmos, a vaidade com que desejamos que os outros pensem de nós." Lembrou o marinheiro grego de um trecho do clássico "Orgulho e Preconceito" da britânica  Jane Austen. Teresa Fênix  ainda insistia sobre o preconceito, pois ela se sentia pobre materialmente, e o julgava ser rico. O grego nada respondeu. Uma outra tentativa, de  cunho mais sério ou não, pois se  tratava de  uma conhecida  de ambos, indo  a casa dele, na função de pombo-correio, e naquele momento  repassava o filme:("Minha amada imortal" uma película  biográfica de Beethoven, que faz (des)acreditar que o compositor  teve ou não teve um grande amor),  e a mensageira foi logo dizendo: " ela mandou dizer o seguinte: se você não voltar pra ela, o seu nome  vai parar na boca do sapo-boi". E foi-se embora com passos céleres.O interlocutor ficou atônito. Todavia não acreditava em cangerê ou congênere.

18 de março de 2018

Teresa Fênix - 44a. parte

Maga Psicológica, durante a permanência  no hospital, ela fez diversas amizades, dentre elas, com  uma  voluntária de nome Macilea Castelo,  que prestava serviço a uma Casa de Recuperação de Dependentes químicos e outros. Ela se entusiasmou,  e com a saúde recuperada, passou a dar plantões na casa acima citada. Na condição de servir àqueles que tentavam se livrar da dependência, como o alcoolismo, drogas pesadas e outros, Maga Psicológica, ia tocando a vida dela,  se sentindo útil ao próximo nesse novo contexto de vida,   falava na "boca miúda",  que  se lembrava do filho, vitima de um  severo  vício.  Doar serviço para comunidade despossuída de condições, e com dependentes abandonados pelos familiares,   é uma atitude das mais meritórias. Entre os internos, um deles chamou-lhe atenção, pois se parecia com o filho dela. Essa transferência de afetividade é praticada em outras ocasiões, para mitigar  sofrimentos  ainda presentes. O irmão  nímico (de alma), era um simpático afrodescendente cujo apelido era Pingola, e pelos anos 1960, gozava da amizade do Ricardo Ferreira Martins, mais conhecido por Kiko, amigo do Comandante Grego.  O  benfeitor do Pingola, num certo momento, Pingola foi agraciado com uma cadeira de engraxate na praça central, tendo como companheiros de profissão, o  Senhor Augusto, que ambulava com uma só perna e o filho  Expedito, mais a companhia do jovem Leonídio morador do Alto San Sebastian. Pingola mesmo tendo recebido, a cadeira de engraxate, roupas e alimentação do amigo do grego,chegou a  praticar um ou dois furtos na casa do Kiko. Pingola  inesperadamente sumiu, e anos mais tarde, se soube estar trabalhando como gari em Cachoeiro do Itapemirim. E tinha sido morto numa contenda, foi esfaqueado, vindo a óbito (como diz a corporação médica). Maga Psicológica, ao saber desse desfecho fatal com o Pingola, não resistiu  e morreu de infarto, aos 87 anos.

12 de março de 2018

Teresa Fênix 43a.parte

Repetir  o filme -  Zorba o grego - no sofrido projetor,  soava-lhe como uma eclesia dos valores helenos, e se sentia  transportado  num processo esotérico, imagético até a terra de Zeus, das deusas Atenas e  Afrodite, a primeira da guerra, a outra do amor. O Capitão de longo curso, inúmeras vezes era convidado para frequentar cultos protestantes neopetencostais, e  por último passou a receber convites para cultos de matrizes africanas. Se sentia inclinado a conhecer  a mística oriunda da África. Contudo, não se sentia atraído na busca de um deus para  se religar, religião. A curiosidade era o som agudizado  da  percussão, produzida pelos atabaques, a coreografia das danças, cânticos e a ritualística, que somente conhecia de documentários e livros. O Comandante era possuidor de uma sólida convicção agnóstica. No pensamento dele, nenhuma doutrina,seita,Um eterno aprendiz. religião, sociedade secreta ou crença popular, carregada de misticismo ou não, o levaria a professar quaisquer uma delas. Era um livre pensador. E nada mais.