29 de janeiro de 2020

Teresa Fenix - 58a.parte

O filho de Zeus acordou de um sono leve, numa manhã de plena claridade solar, como deve ser o clima nos trópicos. Decididamente  comprou passagem pela internet para o trecho RIO/ATH. Ficou calado, e nada  divulgou. Não gostava de despedidas.  Nos locais onde mantinha  compromissos socais/educativos, avisou que viajaria pela zona rural, visitando os amigos na comunidade da  Criméia, por exemplo. Estava feliz por ter rompido algumas amarras. Estava a fazer o que julgava bom para o estado d'alma do próprio. O Comandante há muito sentia saudades de Atenas e dos mares  Egeu, Jônico e Mediterrâneo, nessas águas  aprendeu a ser um navegante graduado. Alguns livros, como a Odisseia de Homero, As tragédias de Sófocles e outros,  foram doados  a biblioteca da escola. Viajou ao Rio de Janeiro e depois a São Paulo, onde embarcou pelo aeroporto de Guarulhos, numa quinta-feira à noite. Na manhã seguinte, desembarcou no aeroporto da capital grega. Somente com bagagem de mão, tranquilamente passou pela alfândega. Tomou um táxi, e se hospedou num modesto hotel nos arredores da capital. Após o necessário descanso, almoçou moussaka, famoso prato grego, lembrando uma lasanha sem massa. Visitou o bairro onde morou por mais de duas décadas, encontrando casualmente  um velho amigo do pai dele, cujo nome  era Yanis. O conterrâneo informou-lhe  sobre  uma documentação no cartório local, endereçado ao Comandante. Após as despedidas de praxe, ele foi até ao notário. Foi informado pelo servidor público   da existência de  um testamento, onde um tio com quem manteve raros contatos, deixava-lhe uma  pequena  herança. Dmitri era o nome do benfeitor, tio por parte paterna.