Teresa Fênix engordou muito, mais do que esperava, e dizia para algumas amizades, atribuindo a ansiedade, que havia tomado-lhe conta. E se alimentava mais do que necessário. Parecia estar grávida. E passou a caminhar, como parte dos indivíduos ávidos a perderem peso, e melhorar a condição física, pelas ruas quase desertas da cidade. No inverno essa prática diminuía, principalmente quando a "chuva de horta" como falam os habitantes da região, molhava o uniforme, e o tênis encharcavam-se nas pequenas poças d'água. Assim era parte da rotina de Teresa Fênix. Sem contudo esquecer o seu comandante Nemo.Numa dessas caminhadas encontrou-se com Elza, ex-auxiliar doméstica do marinheiro. E travou-se um diálogo assim: Olá Teresa ! Oi (um oi seco) respondendo-lhe meio a contragosto, pois sempre desconfiou ser a Elza uma fofoqueira contra ela. Mas enganou-se. Afirmou-lhe que o comandante gostava muito dela. E desistiu, pela inconstância de Teresa de Fênix. O comandante dizia para Elza, que Teresa Fênix era apaixonada por um policial. Ela respondeu-lhe, que era verdade, todavia, há muito descurtiu o gendarme. E convocou a Elza para colaborar no canjerê para retornar aos braços do comandante. Elza era uma veterana mãe-de-santo do candomblé. Aliás toda família da Elza foi iniciada na religião de matriz africana, cuja a saudação é saravá !
31 de maio de 2018
5 de maio de 2018
Teresa Fênix - Parte 47a.
Já se sabia na boca miúda que o comandante era ateu. Com certeza um curioso das atividades esotéricas, tal qual um amigo dele, cuja origem judaica, sendo russo da vertente esquenazi, que após longos anos em praticar a cabala( lado místico do judaísmo) resolveu frequentar os terreiros de religiões de matrizes africanas. O grego ficou intrigado, sobre o recado de Teresa Fênix, ao ameaçar em colocar o nome dele na boca do sapo, para fazer-lhe reatar com ela. Ele quis conhecer como se operava tal manobra para se produzir mal a alguém. Pesquisou exaustivamente pelas redes sociais, e depois foi ao encontro das poucas pessoas conhecidas, e ligadas a Umbanda ou ao Candomblé. Ouviu e anotou a história e a ritualística de ambas religiões. Todos àqueles depoentes o convidaram para participar de uma gira da Umbanda, onde se prevalece os pretos velhos, Maria Padilha e outras entidades. O experimentado marinheiro ouviu atentamente as orientações daqueles obás de plantão. Um deles afirmou ser ele médium de alta sensibilidade. Devendo desenvolver essa mediunidade, ou seja, lhe foi recomendado a frequentar terreiros. Ele nada dizia, era uma boa escuta, como devem ser os psicólogos mais eficazes. O comandante agradeceu gentilmente, o aprendizado transmitido de gerações em gerações, pela oralidade por homens que preservavam uma importante cultura oriunda da África. Nos momentos de reflexão, o homem do mar, preferia ouvir como sempre, a música Zorba o grego, e dançava.
1 de maio de 2018
Dia do trabalhador
O Muro de Berlin construido em 1961, dividia a Alemanha de Wolfgang Von Goethe, e foi derrubado em 1989, e trás o estereótipo da vergonhosa atitude dos principais vencedores da Segunda Guerra Mundial(1939/1945) a saber
Estados Unidos, Rússia e Inglaterra, que “leiloaram” a Europa. A queda do Muro
de Berlin se creditam a Glasnost (transparência) e Perestroika(reestruturação) que são políticas públicas oficiais de Mikail Gorbachov(1985/1991) para a então União Soviética, e acrescenta-se a globalização
da economia, que enfraqueceram sobremaneira o
movimento sindical mundial que tinha seus pés plantados no mundo dito “socialista”, através da ex-União
Soviética, que se dissolveu num mar de corrupção e denúncias confirmadas de assassinatos em massa. O dia
do trabalhador há muito tem o seu brilho ofuscado, ou os sindicatos estão a perder a sua importância. O sistema capitalista não é nenhuma
oitava maravilha, pois pune severamente os mais despossuídos, ou àqueles sem
eira e nem beira. As Universidades Federais são para os riquinhos, e o
preconceito racial e econômico(esse é o mais perverso) continuam. As prisões
na sua maioria recebem os pobres, negros
e prostitutas. A justiça serve um bom cardápio a classe dominante. Ao trabalhador é preciso dar-lhe a oportunidade de escolas profissionalizantes para o Brasil
enfrentar as constantes demandas do rotulado primeiro mundo. Se assim procedermos, a
organização da classe trabalhadora será uma consequência(desde que seja desatrelada do Estado), e possivelmente tenhamos menos presídios. O Doutor
Anísio Teixeira ícone nacional da educação, vaticinou: “Sem educação não há solução”.
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