20 de janeiro de 2016

Chico Buarque



Um poeta de altíssima sensibilidade. Inserido há muito na discografia brasileira, pois pertence a quaisquer galerias da arte da literatura ou da música popular. É assim que o vejo desde os festivais da música popular brasileira. Sergio Buarque de Holanda, pai do poeta, com largo conhecimento da sociólogia  brasileira, tendo lançado - Raízes do Brasil - livro obrigatório nas  faculdades do ramo. No início da década de 1930, se aventurou como editor do jornal "O Progresso" de Cachoeiro do Itapemirim no Espírito Santo.  Isto posto, a  ascendência do compositor é de boa cepa intelectual. Chico Buarque foi exilado na Itália durante a ditadura militar de 1964. Período de exceção que não deixou saudades.  Diante do mar de corrupção que assola o país (em proporções e sofisticações jamais registradas)  nos últimos doze anos, o poeta tem defendido equivocadamente as teses do atual governo, contra às evidências. No rastro dessas digressões, a posição do vate não macula a irretocável obra artística e literária que legou ao povo brasileiro. A democracia outorgar-lhe a garantia de pensar e agir como lhe aprouver. A  história é implacável.