18 de março de 2018

Teresa Fênix - 44a. parte

Maga Psicológica, durante a permanência  no hospital, ela fez diversas amizades, dentre elas, com  uma  voluntária de nome Macilea Castelo,  que prestava serviço a uma Casa de Recuperação de Dependentes químicos e outros. Ela se entusiasmou,  e com a saúde recuperada, passou a dar plantões na casa acima citada. Na condição de servir àqueles que tentavam se livrar da dependência, como o alcoolismo, drogas pesadas e outros, Maga Psicológica, ia tocando a vida dela,  se sentindo útil ao próximo nesse novo contexto de vida,   falava na "boca miúda",  que  se lembrava do filho, vitima de um  severo  vício.  Doar serviço para comunidade despossuída de condições, e com dependentes abandonados pelos familiares,   é uma atitude das mais meritórias. Entre os internos, um deles chamou-lhe atenção, pois se parecia com o filho dela. Essa transferência de afetividade é praticada em outras ocasiões, para mitigar  sofrimentos  ainda presentes. O irmão  nímico (de alma), era um simpático afrodescendente cujo apelido era Pingola, e pelos anos 1960, gozava da amizade do Ricardo Ferreira Martins, mais conhecido por Kiko, amigo do Comandante Grego.  O  benfeitor do Pingola, num certo momento, Pingola foi agraciado com uma cadeira de engraxate na praça central, tendo como companheiros de profissão, o  Senhor Augusto, que ambulava com uma só perna e o filho  Expedito, mais a companhia do jovem Leonídio morador do Alto San Sebastian. Pingola mesmo tendo recebido, a cadeira de engraxate, roupas e alimentação do amigo do grego,chegou a  praticar um ou dois furtos na casa do Kiko. Pingola  inesperadamente sumiu, e anos mais tarde, se soube estar trabalhando como gari em Cachoeiro do Itapemirim. E tinha sido morto numa contenda, foi esfaqueado, vindo a óbito (como diz a corporação médica). Maga Psicológica, ao saber desse desfecho fatal com o Pingola, não resistiu  e morreu de infarto, aos 87 anos.