Um poeta de altíssima sensibilidade. Inserido há muito na discografia
brasileira, pois pertence a quaisquer galerias da arte da literatura ou da
música popular. É assim que o vejo desde os festivais da música popular
brasileira. Sergio Buarque de Holanda, pai do poeta, com largo conhecimento da sociólogia brasileira, tendo lançado - Raízes do Brasil - livro obrigatório nas faculdades do ramo. No início da década de 1930, se aventurou como editor do
jornal "O Progresso" de Cachoeiro do Itapemirim no Espírito Santo. Isto posto, a ascendência
do compositor é de boa cepa intelectual. Chico Buarque foi exilado na Itália durante a ditadura
militar de 1964. Período de exceção que não deixou saudades. Diante do mar de corrupção que assola o país (em proporções e sofisticações jamais registradas)
nos últimos doze anos, o poeta tem defendido equivocadamente as teses do atual
governo, contra às evidências. No rastro dessas digressões, a posição do vate não macula a irretocável
obra artística e literária que legou ao povo brasileiro. A democracia
outorgar-lhe a garantia de pensar e agir como lhe aprouver. A história é
implacável.
20 de janeiro de 2016
16 de janeiro de 2016
O trovador Paulo Pinheiro Freitas
MIMOSO DO SUL
NAS ÁGUAS E ARRROIOS RESPLANDECENTES,
NUM MILAGRE DE LUZES E DE CORES.
PELAS MANHÃS SUBLIMES E RADIOSAS,
HÁ CRIANÇAS BRINCANDO NOS TEUS BOSQUES
E EM TEUS JARDINS VIVEM SORRINDO AS ROSAS
PARA A FESTA DE RÚTILAS ABELHAS
- AS ROSAS DESLUMBRANTES E VERMELHAS.
CIDADE DOS ARROIOS E DOS PÁSSAROS !
O autor nascido em Rio Novo do Sul(ES)., diplomou-se em 1924
na Faculdade Nacional de Direito no Rio de Janeiro, tendo percorrido diversas
cidades capixabas como servidor público, de alta retidão moral e ética. É membro da Academia Espiritossantense de Letras.
Eis mais uma trova desse grande vate:
Aquela formosa imagem
Que eu julgava estar bem perto
Foi apenas uma miragem
Nas areias do deserto
A vida é feita de dor
De tristeza e sofrimento
Tudo que vive de amor
Sempre termina em tormento
As quadrinhas mais bonitas
E perfeitas que componho
São pelos anjos escritas
E ditadas pelo sonho
Éolo
Éolo, deus do vento, deu a Ulisses um alforje que guardava todos
os ventos. O deus que lhe presenteou, alertou-o que o bornal jamais deveria ser
aberto. Na tumultuada viagem marítima que empreendia, era um indicativo para chegar
seguro ao destino, a cidade de Ítaca. Penélope mulher dele, esperava por dez longos anos, segundo a
narrativa épica do escritor Homero no livro - Odisseia - que viveu 500 a.C. Durante o trajeto, num cochilo de Ulisses,
os marinheiros curiosos - na expectativa de encontrarem ouro - no alforje, o abriu.
O mar se revoltou e Ulisses voltou à estaca zero. A curiosidade é uma anti-virtude,
mas é também uma grandeza, pois a pesquisa é coadjuvada pelo espírito curioso
do cientista. Alexandre Fleming (1881/1955) encontrou a penicilina, ao espirrar sobre uma lâmina. Esse revolucionário
antibiótico salva milhares de vidas. Outro
caso de curiosidade à moda marinheiros de Ulisses ocorreu-me quando ganhei um
trenzinho de corda, em um natal. Com trilhos, e quando
acionado soltava uma pequena fagulha pela chaminé por cima da casa de máquinas.
Utilizei demais o pequeno e inteligente brinquedo, pois a ferrovia e os trens são
parte do meu inconsciente. A minha felicidade
durou pouco, com chegada de um querido primo que alertou-me, pois estava a dar pouca corda no mecanismo. Meu primo ao
me corrigir a rodar a chave, quebrou o meu passatempo.
9 de janeiro de 2016
Trovões
Numa avaliação existencialista, a esperança pode até ser uma propaganda enganosa. Mas abrir mão dela é divorciar-se do mundo.
A vida é um prêmio. Sócrates (400 a.C) abriu mão dessa
premiação, pois havia o recurso no julgamento dele,
em pedir perdão ao Conselho de Sentença Grego. Se tivesse procedido assim, talvez teria se
livrado da morte. Não o fez. E dignou-se a
beber a cicuta. O sofrimento humano é mitigado através do circo, seitas, doutrinas, religiões e outras, calcado na expectativa de uma outra vida muito melhor. Há controvérsias. Por serem dogmáticas e sabujas, essas instâncias
místicas não enfrentam a realidade de frente. Historicamente se omitiram durante os
trezentos anos da escravidão no país, e nas demais nações escravagistas. Mas
essa matéria, não é bem recebida em alguns setores da sociedade. Esquecendo os descalabros
do passado, surgem nos vetores midiáticos, robustas notícias sobre corrupção pelos sete mares. Todas
capitaneadas - nos últimos doze anos - pelo brazilian government establishment.
Coexistir com esses fatos, é como assistir um filme de terror,
numa noite de tempestade com descargas atmosféricas, e sons tonitruantes.
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