9 de janeiro de 2016

Trovões



Numa avaliação existencialista, a  esperança pode até ser uma propaganda enganosa. Mas abrir mão dela é divorciar-se do mundo. A vida é um prêmio. Sócrates (400 a.C) abriu mão dessa  premiação, pois  havia  o recurso no julgamento dele,  em pedir perdão  ao Conselho de Sentença Grego. Se tivesse procedido assim, talvez teria se   livrado da morte. Não o fez. E dignou-se a beber a cicuta. O sofrimento humano é mitigado através do circo,  seitas, doutrinas, religiões e outras, calcado na expectativa de uma outra vida muito melhor. Há controvérsias. Por serem dogmáticas  e sabujas,  essas instâncias místicas não enfrentam a realidade de frente. Historicamente se omitiram durante os trezentos anos da escravidão no país, e nas demais nações  escravagistas. Mas essa matéria, não é bem recebida em alguns setores da sociedade. Esquecendo os descalabros do passado, surgem nos vetores midiáticos, robustas notícias sobre corrupção pelos sete mares. Todas capitaneadas - nos últimos doze anos -  pelo  brazilian government establishment.  Coexistir com esses fatos, é como assistir um filme de terror,  numa noite de tempestade com descargas atmosféricas,  e sons  tonitruantes.  

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