12 de novembro de 2011

Professora Maninha


Lúcida, luz, luzia, maria, mana, maninha...mestra que foi,doadora dos seus saberes, permutou e aprendeu. Maestrina da sua orquestra, regeu, harmonizou e afinou seus músicos em forma de filhos, e sempre pelo amor,  seus outros rebentos,que foram - “filhos com a açúcar “ - seus netos. Altruística, despojada e com temperança demonstrou toda a sua profunda e carinhosa solidariedade, durante longo tempo de enfermidades, primeiro a do seu genitor, e depois do seu marido.
Memorar,memorizar é guardar no arquivo implacável,a lembrança de alguém que prestou serviços inapagáveis, quer em nome do amor, quer em nome de uma ideologia. Maninha era um radar, que captava os sinais vindos de todos os lados. Antenava-se nos entes familiares, que precisavam do seu aconselhamento...muitas vezes era Darcy Francisco Pires, então profícuo homem público,que precisava da opinião imparcial da estimada nora. Os filhos foram à luta, na busca de novos horizontes.E  do seu "cock-pit" observava o movimento dos seus descendentes. Ora em Friburgo, ora em Niteroi ou nas viagens do filho mais velho. Consultada ou não, emitia seus conceitos em longas ligações telefônicas, apontando o norte da vida, sempre através da cidadania. Ensinou-lhes ser a dignidade, o maior patrimônio do homem.
Uma vencedora.  Certamente, se houvesse,receberia o premio Nobel de paradígmas, simbolizados pelas suas atitudes e naqueles nascidos do seu ventre. Onde quer que  esteja,pelo bem praticado e semeado, inexoravelmente estará sempre em paz.

Nota do autor : No dia três de novembro de 2011,o Colégio Polivalente do altivo Mimoso do Sul(ES),com a prerrogativa da sua diretoria,renomeou  o seu evento anual,como Feira de Ciência Profa.Maria Luzia Curty Pires – Maninha.