16 de outubro de 2009

MV Bill e Caetano Velloso

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Alex Abinaldo Pereira Barbosa, mais conhecido como MV Bill, é um famoso intérprete, tendo iniciado a sua carreira dentro do rap. Nascido na cidade de Deus, suburbio da Zona Oeste, do Rio de Janeiro, é mais um auto-didata da sociologia das comunidades faveladas do Brasil afora,através desse movimento musical, oriundo na nação americana do norte, veiculado pela negritude, a qual é sofredora e vítima do preconceito racial. O funk, rap, e o hip hop são parentes, e  primos em primeiro grau do blues, e do jazz ...
Porque MV ? Ele era chamado de Mensageiro da Verdade, alcunha dado pelas familias evangélicas moradoras da Cidade de Deus onde MV Bill residia.  MV Bill, recentemente informou, que MV passe a significar Mensageiro da Vida. E M C, para quem não sabe que quer dizer mestre de cerimonia. Daí todos usarem as iniciais MC.  E o nome Bill, vem das figurinhas de chicletes com as fotos dos jogadores da Copa do Mundo de 1982, e a seleção da Nova Zelandia, tinha um jogador, por sinal muito feio e chamava-se Rato Bill, que segundo o próprio, era muito parecido com o mesmo. Em 1988, MV Bill abraça o Hip Hop, e faz grande sucesso.  O hip hop possui uma cadencia musical forte e sêca .  MV Bill faz da sua música, o fio condutor para denunciar a violencia nas comunidades mais carentes.  Produziu um fortíssimo documentário de cunho genuinamente social, onde aborda o trabalho infantil à serviço do tráfico, este vídeo é conhecido como - Falcão - Meninos do tráfico. MV Bill, é um cidadão, com uma instigante bagagem cultural, articulado, e enxerga com nitidez todo o processo da desigualdade sócio-economico do país, tomando por exemplo as comunidades carentes,  onde convive com as agonias e as injustiças.  Os fatos me conduzem, sem cansar os que ouvem ou aqueles que me leem, pois a abolição da escravutura, eis o maior trauma da sociedade brasileira, antes que ela se realizasse, o Imperador enviou intermediários para a Europa para convocar italianos, alemães,suiços e etc,para substituirem  a mão-de-obra escrava, pois  os escravos seriam enfim libertados . Ora, o governo Imperial se preocupou, com a possível queda da economia . Essa urgencia estava baseada na ursupação da colonia, ou seja o Brasil era obrigado a enviar as suas riquezas para a metrópole na caso, Portugal,que em parte repassava as riquezas brasileiras para a Inglaterra.  Portugal sempre foi um capacho da nação inglesa. Há quem afirme que o ouro brasileiro financiou a revovução industrial ocorrida no  território britânico. O governo Imperial deveria ter praticado uma política pública para alocar essa mão-obra disponível no mercado, fruto do fim da exploração desumana da raça negra. As comunidades faveladas é a consequencia do descaso do poder público.  O  imperador preferiu trazer os europeus do que legalizar, dar a terra e implementos aos ex-escravos.  Os quilombolas aí estão, a raça negra possui legitimidade nas suas reivindicações .  MV Bill carrega um discurso bem atualizado, simboliza a voz do morro, podendo lembrar Tom Jobim e Vinicius de Moraes,que naquela época produziram um protesto poético, na  letra dessa  música, tem com título: O Morro não tem vez/ pelo que ele fez já é demais /Mas olhem bem vocês/Quando derem vez ao Morro/ Toda a cidade vai cantar ! MV Bill rasga o véu da hipocrisia .  É preciso prestar atenção àqueles que dissertam, narram e dizem pelas suas bocas poéticas, ou nas escritas dos pequenos diários,semanários ou mensais - a verdade oficiosa, muitas das vezes é a verdade de fato - Recentemente num show com Caetano Velloso, promovido pela CUFA - Central Única das Favelas, no meio do espetáculo, o compositor baiano-carioca, surpreendeu a todos e lançou MV Bill como candidato a Senador da República.  Caetano Velloso é uma das inteligencias nacionais, dotado de uma raro tirocinio.  MV Bill, como Senador, porque não ?