2 de maio de 2020

A saga dos Wojtyla no Espírito Santo, Brasil 1

A narrativa da família Wojtyla de origem polaca, melhor tratar, como  polonesa,(por razões do preconceito malicioso, remetido ao Brasil, quando da fuga do nazismo durante a sangrenta  Segunda Guerra Mundial) pois é  por demais perverso o preconceito, com fortes vestígios de sofrimento e hipocrisia.  A Polônia foi invadida pelos  alemães, em setembro de 1939. Antes de invadir a Polônia, os poloneses se asilaram na Argentina, Estados Unidos e Brasil, isso aconteceu em  1870, quando houve uma tentativa dos poloneses se fixarem em Santa Leopoldina no modesto estado do Espírito Santo.  Essa aventura migratória  fracassou. Muitos deles retornaram ao país de origem.  Posteriormente esses caucasianos de olhos azuis, se estabeleceram em diversas cidades. Em São Gabriel da Palha, muitos poloneses optaram pela agricultura, em destaque para a cafeicultura, fruticultura e outros. Daniel Wojtyla tinha uma venda de secos e molhados. Alguns deles atendiam os fregueses propositadamente   sempre fiado. Essa era a praxis desonesta de diversos "comerciantes". Quanto maior  fosse a dívida, melhor a possibilidade do devedor quitar o débito, através da "venda" do pequenino sítio que cada um possuía. Vários  "comerciantes" ameaçavam a vida deles, caso não pagassem com a terra a dívida extorsiva e desonesta. Há um relato pela oralidade,  quando essa prática não prosperava, "um certo coronel", mandava os empregados dele defecarem no riacho que servia ao vizinho abaixo, cuja a água tocava o moinho de farinha. Esse expediente servia para pressionar o confrontante a "venda" da simplória, contudo  gleba do único sustento familiar.  Tudo isso  para forçarem a venda da modesta propriedade ao preço de banana. Numa outra narrativa, assim se procedeu:  todos os anos as festas religiosas se realizavam, pois historicamente a  Polônia é  quase fundamentalista católica. Há privilégio  nas funções inerentes a atividade  místico-religiosa. Por exemplo, a esposa e filhas dos Wojtyla, há anos carregavam os estandartes e a imagem de N.S. do Perpétuo Socorro, nas procissões. Porém um bizarro fato aconteceu. A também católica, Dona Gertrudes, esposa do Gandelmann, recente comprador de uma fazenda na região, se candidatou junto a igreja, para segurar um estandarte ou outro simbolismo materializado. A família do Daniel Wojtyla, não permitiu que a novata moradora, portasse um dos  estandartes. Essa contenda entre as mulheres, foi lamentavelmente  repassada para os coronéis. Eles discutiram asperamente, e o Gandelmann proibiu o Wojtyla de passar na terra dele. Essa passagem servia era única   para acessar  outra propriedade do mesmo. Provavelmente não existia por parte do ameaçado, nenhuma preocupação. Na zona rural até hoje muitos moradores, ainda portam  armas de fogo.