25 de setembro de 2021

O samba agoniza, mas não morre.

Ouço, Steve Wonder cantor dos melhores, também por ser negro, possue swing dos mais refinados. Superstição ou Superstition é a música a me embalar a construir narrativas literárias.  Steve Wonder nasceu na grande nação norte-americana,  cego por uma negligência hospitalar. O Jazz enquanto arte da cultura musical,de genoma africano, por certo será a sucessora da música dita clássica e/ou erudita, essa  previsão me foi revelada há mais de 10 anos,  pelo   inteligente musicista Artur da Távola, do alto da sensibilidade norteadora das ações intelectuais dele. O samba faz parte dessa miscigenação musical. É o mesmo genoma, mesmo é o caldo cultural. A arte da música, é um antídoto dos mais elementares para humanidade, sem desmerecer as demais artes, como o teatro, literatura, artes plásticas, pintura, a Sétima Arte(cinema) e demais outras. Pode ser assim. Para suportar a classe dominante, criadora  da   sociedade de consumo, a receita dos poderosos,  ainda em voga, é "pannis et circenses",  desde o tempo  dos 12 Césares.  Recordando o sambista mangueirense -  Nelson Sargento -  numa frase lapidar: "o samba agoniza, mas não morre". Aliás a cultura para sobreviver, independe do insensível poder público.