26 de agosto de 2014
Folia de Reis
Quanto mais ou tanto mais se informa, chega-se a conclusão de que nada se sabe. Ou seja: " tudo que sei, é que nada sei". Aliás, o remetente dessa máxima filosófica, é Sócrates que viveu em Atenas há 400 anos, antes da era cristã. “A cultura não tem a ver com o conhecimento. A cultura e o conhecimento não são a mesma coisa. A cultura antecede ao conhecimento.” São afirmativas do poeta inglês T.S.Elliot. O conhecimento é uma forma superior nas relações do homem com a natureza, enquanto que a cultura é indispensável à própria vida do homem sobre a terra, é a cultura que estabelece as condições de diferença na sobrevivência. Para corroborar parcialmente o acima citado, dezenas de Folias de Reis, no último sábado e domingo, apresentaram em Muqui (ES), um espetáculo cromático, lúdico e uma rica demonstração cultural, de cunho diversificado, quer na indumentária simbólica, quer nos princípios do sincretismo afro-religioso. A etnia sobressaia desde os “palhaços” de olhos azuis, seguidor de uma tradição familiar, aos mestres com a melhor sabedoria apreendida, assimilada pela beleza do atavismo, néctar universal que alimenta o folclore.
17 de agosto de 2014
Dancing Avenida e Brasil
Coronel Clarindo Lino da
Silveira, era irmão de José Lino da Silveira, que foi proprietário dos “dancings” mais famosos do Brasil. O Dancing
Avenida e o Dancing Brasil no coração do Rio de Janeiro, na avenida
Rio Branco, em frente da Cinelândia.
Depois se tornou a badalada Boite
Assirius, ou Casa Vermelha para os mais íntimos, a qual era freqüentada pelos executivos do centro da
cidade, em especial os operadores da Bolsa de Valores que ficava na Praça
Quinze. Eram os finais dos anos 1960, e a Assirius atravessou várias décadas em
atividade. Depois virou Café Nice. Os Lino da Silveira tinham a vocação para negócios. Entre 1858 a 1930 - o Coronel Clarindo Lino, assim que era conhecido - em São Pedro do Itabapoana, no extremo sul
capixaba, foi proprietário das única
fábricas: a de ferraduras para os muares que transportavam o café,
açúcar outros bens, para o porto fluvial
da Limeira, e no setor têxtil , a sêda. Ele foi um homem poderoso, e chegou a
emprestar dinheiro ao empresário-deputado – Camilo Cola – dono da Viação
Itapemirim, como me informou Marcos Lino Ramos, seu neto, e com quem morou por
alguns anos. O latifúndio dele deve ter chegado
a 5000(cinco) mil alqueires de terra, na região. Suas fazendas eram São
Pedro, Parada Ilidia, Pastinho (onde nasceu o ator Global, Stenio Garcia),
Barra Mansa, Pedra Riscada, Sitio dos Marques, Cachoeira Alta, Lava-Pé, União,
Bocãinha, Retiro, Rumo, Santa Rosa e Batatal. Esse foi o império do Coronel
Clarindo Lino, era por demais econômico, pois
não viajava de primeira no trem, conhecido como misto, preferia viajar
de segunda, pois a passagem era mais barata. Esse era o estilo dele.
11 de agosto de 2014
Cristo Redentor e curiosidades
Cristo, o Redentor, é aquele que redime ou reabilita, em quem Nele crê. Esse é o dogma. O monumento do Cristo
Redentor de Mimoso do Sul, extremo sul do Espírito Santo, foi construído, em 1982,
por Antonio Francisco Moreira, que era da simpática cidade vizinha de
Guaçui(ES), terra do ator Fernando Torres. Erigiu outros "cristos", como o de Colatina e de Itaperuna no
Estado do Rio. Antonio Francisco Moreira, há cerca de 3 anos, numa
queda de bicicleta veio a morrer. Curiosamente era convictamente ateu. E, em contraponto, o Cristo Redentor do Rio de Janeiro, datado de
1920, teve a sua construção gerenciada por um judeu – Heitor Levy – que
durante as obras civis se converteu ao catolicismo e selou no concreto
– na altura "coração" do Cristo Redentor - uma
oração, com os nomes dos seus familiares. Tal como o ator agnóstico - Nelson Xavier - representando o médium Chico Xavier, e que durante as filmagens sobre a vida do mesmo, se converteu a doutrina kardecista. Há algo no ar além dos aviões de carreira.
4 de agosto de 2014
Ariano Suassuna
Em 1930, o pai de Adriano Suassuna - João Suassuna
- foi assassinado. Era então
governador de Pernambuco. Ariano tinha três anos. Adriano foi um folclorista,
além das três versões para o cinema
do – Auto da Compadecida - de grande sucesso. Um pesquisador do frevo, maratu e outros ritmos pernambucanos.
Criou o Movimento Armorial, o qual se
juntava os acordes populares com os da música erudita. Era possuidor de uma vasta cultura, quer a
popular, quer a de maior complexidade. Considerava que a arte existia para aumentar a beleza e a
alegria do mundo. Afirmava que a imaginação e a realidade estão conectadas. Caminhou entre a poesia ao romance, e de
quebra o teatro. Mergulhava nas raízes populares nordestinas e, retornava universal, feito o escritor russo Leon Tolstoi, que disse: “ Se quer se tornar
universal, comece por pintar a sua própria aldeia.” Conhecia profundamente o teatro grego e Camões. A
caetana, nome que se dá a morte no sertão nordestino, o levou Suassuna
de repente...Antes a mesma caetana levou João Ubaldo, e Itaparica e o Brasil ficaram tristes
...
Assinar:
Postagens (Atom)