Há muito estava desejoso de
escrever sobre a cromática e sofrida mãe África, da qual nós brasileiros herdamos
hemácias, e todo o conjunto do que é
possível encerrar ou não, o ciclo das
tratativas ontológicas e/ou antropológicas. O que vale na realidade é o sentimento que
consegue atingir o pertencimento, pela
importância da pessoa afro-descendente na formação geral do povo brasileiro.
Dissertar a respeito da vitimização do continente africano pelos europeus, se simbolizado
por um pêndulo em movimento, entre
marchas e contramarchas, inexoravelmente
levaria em torno de um século. Eis uma
pequena amostragem histórica da Namíbia. O topônimo Namíbia vem de namibi que é igual a “escudo”. É uma nação composta majoritariamente
pelos grupos étnicos dos nama e herero. O povo namíbio fala inglês e afrikanner
(herança dos colonizadores böers),
contudo se pesquisou cerca de 37 (trinta e sete) linguagens no país. A
população é estimada em 2 (dois) milhões
de habitantes. Infortunadamente conquistou a independência através das armas em
1990. Os alemães invadiram a Namíbia em 1905,
pelo interesse nas jazidas de metais estratégicos como urânio, cobre, chumbo e
petróleo E soma-se aos diamantes e metais comuns. E dispensaram maus tratos aos
africanos, tendo construído cinco(5) campos de concentração com o objetivo de
eliminar toda etnia da região. Inicialmente se contabiliza cerca de 30 (trinta mil)
pessoas entre homens, mulheres e crianças “sepultadas” em valas rasas e
coletivas. Os restos mortais (ossos) afloram à terra nos dias atuais. Foi um
genocídio, que seria continuado 40 ( quarenta) anos depois pelos mesmos alemães, quando assassinaram
6(seis) milhões de judeus, nos 52(cinquenta e dois) campos de concentração espalhados pela Europa ocupada, durante a
Segunda Guerra(1939/1945). Há na Alemanha, crânios de fetos, mulheres e
crianças enviados para se praticar as “experiências científicas para provar a
superioridade da raça alemã e outras”, tais experimentos laboratoriais na vigência da Segunda Guerra, ficava à cargo do monstro nazista travestido de médico – Josef Mengele
- que em 1979, foi preso em terras brasileiras.
25 de dezembro de 2014
23 de dezembro de 2014
A saga do povo brasileiro
O Brasil é um país deliberadamente
desmemoriado, pois em 14 de outubro de 1890, Rui Barbosa então Ministro e
Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e Presidente do Tribunal no
Tesouro Nacional, caracterizando-se um
super ministro, determinou que todos os documentos referentes ao período
escravagista, que durou cerca de trezentos anos, assim decretou “... dirigirá a
arrecadação dos referidos livros e papeis e procederá à queima e destruição
imediata deles...” E dessa maneira incinerou toda a história da escravatura – maior trauma da história do
Brasil - que foi a última a ser
erradicada no Brasil. Tal qual os vestígios culturais dos indígenas, destaque
para a tribo dos puris dizimada pelos colonizadores, e habitavam o
sul do Espírito Santo e a Zona da Mata das Minas Gerais. Nada se conhece sobre os Puris, não
há registro, exceto anotações de pesquisadores e viajantes estrangeiros, tais como Hans
Staden que em 1554 foi aprisionado pelos índios tupinambás, Von Martius(1794/1868), Saint Hilaire(1799/1853)
e outros, que levantaram dados sobre os costumes, glotologia e a mística dos
indígenas. E a maioria desse rico acervo ontológico se encontra “perdido” em
museus, universidades e centros culturais europeus. Câmara Cascudo, famoso
folclorista, antropólogo e historiador potiguar, num esforço hercúleo conseguiu reunir textos
importantes em livros, para dar conhecimento da saga do povo brasileiro.
5 de dezembro de 2014
A dança
A dança é de todas as artes, a
mais expressiva da humanidade. É um
encantamento multifacetado, que celebra a alegria de viver pelo vetor
sedutor quer do tango de L. Pêra e
Gardel, quer do samba no pé do Paulinho da Viola, ou o ballet Quebra Nozes de Tchaikovsky. A dança é
a celebração da alegria, é a linguagem onde as palavras se esgotam, então se dança. É nela que os corações
pulsam e se atinge o frenesi. É uma mágica de corpos iluminados que se
transmutam. Dançar é comungar o instinto maior da vida. Há um mistério no ato de dançar. É o mesmo mistério do enigma do amor . Ela transforma a dor em lúdico. Desde povos
ditos primitivos a dança é praticada, sendo que a maioria com fortes tinturas do
místico-religioso. Andiamo ballare.
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