O Brasil é um país deliberadamente
desmemoriado, pois em 14 de outubro de 1890, Rui Barbosa então Ministro e
Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e Presidente do Tribunal no
Tesouro Nacional, caracterizando-se um
super ministro, determinou que todos os documentos referentes ao período
escravagista, que durou cerca de trezentos anos, assim decretou “... dirigirá a
arrecadação dos referidos livros e papeis e procederá à queima e destruição
imediata deles...” E dessa maneira incinerou toda a história da escravatura – maior trauma da história do
Brasil - que foi a última a ser
erradicada no Brasil. Tal qual os vestígios culturais dos indígenas, destaque
para a tribo dos puris dizimada pelos colonizadores, e habitavam o
sul do Espírito Santo e a Zona da Mata das Minas Gerais. Nada se conhece sobre os Puris, não
há registro, exceto anotações de pesquisadores e viajantes estrangeiros, tais como Hans
Staden que em 1554 foi aprisionado pelos índios tupinambás, Von Martius(1794/1868), Saint Hilaire(1799/1853)
e outros, que levantaram dados sobre os costumes, glotologia e a mística dos
indígenas. E a maioria desse rico acervo ontológico se encontra “perdido” em
museus, universidades e centros culturais europeus. Câmara Cascudo, famoso
folclorista, antropólogo e historiador potiguar, num esforço hercúleo conseguiu reunir textos
importantes em livros, para dar conhecimento da saga do povo brasileiro.
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