23 de dezembro de 2014

A saga do povo brasileiro



O Brasil é um país deliberadamente desmemoriado, pois em 14 de outubro de 1890, Rui Barbosa então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e Presidente do Tribunal no Tesouro Nacional, caracterizando-se  um super ministro, determinou que todos os documentos referentes ao período escravagista, que durou cerca de trezentos anos, assim decretou “... dirigirá a arrecadação dos referidos livros e papeis e procederá à queima e destruição imediata deles...” E dessa maneira incinerou toda a história da escravatura –  maior trauma da história do Brasil -  que foi a última a ser erradicada no Brasil. Tal qual os vestígios culturais dos indígenas, destaque para a tribo dos puris dizimada pelos colonizadores, e  habitavam o sul do Espírito Santo e a Zona da Mata das Minas Gerais. Nada se conhece sobre os Puris,  não há registro, exceto anotações de pesquisadores e  viajantes estrangeiros, tais como Hans Staden que em 1554 foi aprisionado pelos índios tupinambás,  Von Martius(1794/1868), Saint Hilaire(1799/1853) e outros, que levantaram dados sobre os costumes, glotologia e a mística dos indígenas. E a maioria desse rico acervo ontológico se encontra “perdido” em museus, universidades e centros culturais europeus. Câmara Cascudo, famoso folclorista, antropólogo e historiador potiguar, num esforço hercúleo conseguiu reunir textos importantes em livros, para dar conhecimento da saga do povo brasileiro.

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