26 de junho de 2012

Paraguai

O escandalo sexual de Fernando Lugo, ex-bispo da igreja católica, que já reconheceu dois dos seus quatro supostos filhos, contudo, isso não foi o suficiente para afastá-lo do cargo. Mas quando morreram onze pessoas num conflito de terras, entre militares e camponeses, o senado paraguaio com maioria folgada, votou a favor da deposição de Fernando Lugo da presidência do Paraguai. É legítima essa deposição, pois tem amparo constitucional. Os países vizinhos condenaram a ausência do direito amplo de defesa do presidente deposto. Porém, é sempre bom lembrar que o ex-presidente Fernando Lugo, foi eleito sem maioria no parlamento paraguaio, igual ao outro Fernando, que é o ex-presidente Collor de Mello, que foi cassado pelo parlamento, e absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. E numa entrevista, o ex-presidente brasileiro, levantou a hipótese de ser reconduzindo a presidência. O partido principal, que atualmente governa a nação brasileira, comandou a campanha de cassação dele. E na condição de senador por Alagoas, compõe a bancada de apoio as propostas do governo em exercício. Ou seja, todos foram banhados pelo rio Jordão. Pressionar o governo paraguaio nesse momento, poderá ser considerado pelos tribunais internacionais, como uma flagrante ingerencia nos assuntos internos de uma nação soberana. É um assunto "interna corporis" de acordo com os doutos jurisconsultos de plantão. Eis a questão.

24 de junho de 2012

Vladivostok a Xique-Xique


Escrever é uma atividade (ir)reconhecida, como coadjuvante para aprimorar o viés cognitivo dos indivíduos. Navegar é preciso, escrever também o é. O oficio de rabiscar e/ou rasurar papeis, se hospeda na contradição, e tem com foco, através da leitura metacognitiva. Repassar a outrem, o modesto saber, que lhe é permitido apreender, é uma tarefa complexa. Nem sempre se sabe, se o outro apreendeu, ou se lhe é estimulante tomar conhecimento. É um conjunto de atores e fatores que compõem esse mosaico enigmático, desafiador e sedutor, que é o aprendizado. Há uma transição no ar, meio que escamoteada pela escuridão da ignorância e iluminada pela ciência da cibernética. Essa “cyber science”, como a nominaram os seus inventores, por um lado é um ferramental facilitador nas tratativas do homem pós-moderno. Não há sombras de dúvidas sobre essa performance. A parafernália concebida é de uma magnitude tal, ou maior do que a revolução industrial, financiada em grande parte pelo dinheiro lusitano, passado aos ingleses, e surrupiado do Brasil-colonia. Pelo menos isso se supõe, segundo alguns historiadores. As redes sociais são rápidas e eficientes, dentro do tempo real, desde a Vladivostok até Xique-Xique, na Bahia de Jorge Amado. Isso é “absurdamente” verdadeiro e revolucionário no campo da ciência. A realidade e a ficção se imbricam uma na outra. Isso ocorre no interior do modelo de economia de mercado, que tem como pressuposto ideológico que o mercado resolve todos os problemas, inclusive, curar as chagas da miséria humana, e africana. Essa ciência, promove a descoberta de uma forma de escrevinhar própria e peculiar, praticada entre os usuários, destaque para os mais jovens. E la nave va. E se prolifera em proporções geométricas, iguais as redes, ou “networks”. E enquanto isso na Rio+20, encerrada recentemente, com uma mensagem patética, na qual protela as decisões pré-acordadas. E a Senhora Clinton, anunciou a doação de vinte milhões de dólares para o continente africano, cuja a população é de seiscentos milhões de habitantes. E o "Air Force One", avião presidencial que lhe trouxe, está avaliado em torno de oitenta milhões de dólares...

11 de junho de 2012

Rio+20


O mundo está adoentado, e o causador dessa enfermidade é o seu inquilino, conhecido como homus sapiens, ou o homem sábio. Nem tanto, as fotos não mentem, e a poluição vai desde o espaço sideral, com suas parafernálias abandonadas, até a baia da Guanabara, bela e poluída, que necessitará de uns trinta anos para se tornar limpa, conforme nos entregou a natureza. A Rio+20, é sucessora da ECO-92, que tem como meta o desenvolvimento sustentável, como saída para diminuir o lixo, em todos os quadrantes. Os sólidos são depositados no universo, na terra, no ar e no mar. Há quem afirme, que os mandatários mais poderosos, tendem a não estarem presentes, tomando como exemplos, a chefe do governo alemão - Angela Merkell, Barack Hussein Obama. A primeira envolvida com a crise européia, e o segundo; bastante preocupado com a reeleição. Há um cheiro de fracasso no ar da Rio+20. Pois, em momentos bicudos - leia-se crise financeira - a questão ambiental certamente ficará em segundo plano, igual tratamento, se dá aos processos culturais. Esses huguenotes, francos, anglos, germânicos e outros, não cuidaram das suas matas, e muito menos dos seus mananciais. Não há registro, de uma campanha por parte deles, na direção de (re)florestar ou acabar com o lixo “sanitário”, contaminador dos lençois freáticos. É sempre bom lembrar a “Carta do Cacique Seattle”, que é conseqüente e atemporal.