24 de junho de 2012

Vladivostok a Xique-Xique


Escrever é uma atividade (ir)reconhecida, como coadjuvante para aprimorar o viés cognitivo dos indivíduos. Navegar é preciso, escrever também o é. O oficio de rabiscar e/ou rasurar papeis, se hospeda na contradição, e tem com foco, através da leitura metacognitiva. Repassar a outrem, o modesto saber, que lhe é permitido apreender, é uma tarefa complexa. Nem sempre se sabe, se o outro apreendeu, ou se lhe é estimulante tomar conhecimento. É um conjunto de atores e fatores que compõem esse mosaico enigmático, desafiador e sedutor, que é o aprendizado. Há uma transição no ar, meio que escamoteada pela escuridão da ignorância e iluminada pela ciência da cibernética. Essa “cyber science”, como a nominaram os seus inventores, por um lado é um ferramental facilitador nas tratativas do homem pós-moderno. Não há sombras de dúvidas sobre essa performance. A parafernália concebida é de uma magnitude tal, ou maior do que a revolução industrial, financiada em grande parte pelo dinheiro lusitano, passado aos ingleses, e surrupiado do Brasil-colonia. Pelo menos isso se supõe, segundo alguns historiadores. As redes sociais são rápidas e eficientes, dentro do tempo real, desde a Vladivostok até Xique-Xique, na Bahia de Jorge Amado. Isso é “absurdamente” verdadeiro e revolucionário no campo da ciência. A realidade e a ficção se imbricam uma na outra. Isso ocorre no interior do modelo de economia de mercado, que tem como pressuposto ideológico que o mercado resolve todos os problemas, inclusive, curar as chagas da miséria humana, e africana. Essa ciência, promove a descoberta de uma forma de escrevinhar própria e peculiar, praticada entre os usuários, destaque para os mais jovens. E la nave va. E se prolifera em proporções geométricas, iguais as redes, ou “networks”. E enquanto isso na Rio+20, encerrada recentemente, com uma mensagem patética, na qual protela as decisões pré-acordadas. E a Senhora Clinton, anunciou a doação de vinte milhões de dólares para o continente africano, cuja a população é de seiscentos milhões de habitantes. E o "Air Force One", avião presidencial que lhe trouxe, está avaliado em torno de oitenta milhões de dólares...

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