A magia para os indivíduos cosmopolitas, acostumado a procedimentos lógicos, torna-se difícil (ou não), a compreensão de métodos não conservadores de pensar ou de proceder . Se sabe que alguns segmentos, acreditam numa forma de "magia simbólica". É característico que "os sinais, símbolos, códices e palavras mágicas, podem exercer a partir deles, os mesmos efeitos que lhe é atribuído, e a força dos deuses, reconhece por si só, essas imagens e atua de forma correspondente(Harless,1858). Navegar na incerteza, ainda é uma alternativa provisória.O batráquio, somente se exercita no salto constante, pela imperiosa necessidade de se alimentar dos insetos incautos. O grego as vezes se sentia um sapo. Era mister saber, como mover as pedras no imaginário tabuleiro de xadrez, ora apresentado. Buscou o negrume da antecâmara melancólica e mística, a sala de não estar(as vezes) As convicções filosóficas nem sempre lhe faziam companhia irrestrita. Como a fé dos monges, muitas das vezes elas escafedem-se. "Por mares nunca dantes navegados" na poesia épica do vate lusitano Luiz Vaz de Camões, esse sentimento do desconhecido tomou-lhe conta, parecia-lhe estar atravessando uma situação inédita, absurda e com franjas de uma dramaturgia angustiante.Na saída, algo inusitado aconteceu, pois Teresa Fênix, apareceu na sala do atendimento, e com voz fora do lugar, olhou seriamente para o grego, e nada disse. Era um olhar devorador. O grego não se abalou. E se recolheu no seu(dele) lar,doce lar...
29 de agosto de 2018
5 de agosto de 2018
Teresa Fenix - 51a.parte
Numa manhã do mês de agosto, no inverno tropical, o grego se levantou e teceu lentamente o sonho da noite anterior. Conhecia a técnica da mnemônica como facilitadora do processo interpretativo da memória. Por certo a mensagem do sonho não era assim tão relevante, mas intuía em interpretar as ideias e imagens criadas durante a viagem do sono. O foco principal segundo ele, foi retornando de navio à Grécia, e a embarcação fez água e soçobrou. O grego ficou "bolado" com esse louco devaneio. Não surtou, mas ficou desconfortável. Talvez um acidente aéreo, não lhe causasse tanto espanto. A real tragédia do Titanic veio imediatamente na cabeça dele, lembrando do filme sob a direção de James Cameron em 1998. Num átimo, o marinheiro saiu de bicicleta pela estrada vicinal em direção a Crimeia, indo visitar uma experimentada jogadora do tarô, um baralho de 78 cartas coloridas, e com figuras simbólicas. Ir ao encontro do místico, não eliminaria os incômodos "grilos", todavia lhe parecia um leve conforto. A Xamã respondia pelo nome de Anaili, indicada pelo amigo Deusdedit Utrecht Dutra. Ela estava atendendo um cliente, e não o recebeu de imediato. Esperou cerca de quarenta minutos,tendo sido convidado a sentar-se numa elegante e legítima cadeira chippendale. Tímido, como sempre diante das pessoas não conhecidas, adentrou e começou a narrar o sonho para a maestrina do ocultismo. A Xamã, lhe ouviu atentamente. E repentinamente murmurava frases, como por exemplo: Oh Ely Ely ! Falava em aramaico: Oh Deus, Deus ! A sessão transcorria sem intercorrências. As palavras inesperadas da protagonista do mistério foram duras.Disse-lhe ao grego estando a precisar tomar decisão. Não fraquejar diante da Teresa Fenix. E disse um verso de uma musica do compositor Edu Lobo: "toma decisão tá na hora, lança o seu saveiro no mar".
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