5 de agosto de 2018

Teresa Fenix - 51a.parte

Numa manhã do mês  de agosto, no  inverno  tropical, o grego se levantou e  teceu lentamente  o sonho da noite anterior. Conhecia  a técnica da mnemônica como facilitadora do processo interpretativo da memória. Por certo a mensagem do sonho não era assim tão relevante, mas intuía em interpretar as ideias e imagens  criadas durante a viagem do sono. O foco principal segundo ele, foi retornando de navio à Grécia, e a  embarcação fez água e soçobrou. O grego ficou "bolado" com esse louco devaneio. Não surtou, mas ficou desconfortável. Talvez  um acidente aéreo, não lhe causasse tanto espanto. A real tragédia do  Titanic veio imediatamente na cabeça dele, lembrando do filme   sob a direção de James Cameron em  1998. Num átimo, o  marinheiro saiu de bicicleta pela estrada vicinal em direção a Crimeia, indo visitar uma experimentada jogadora do  tarô, um baralho de  78 cartas  coloridas, e  com figuras simbólicas. Ir ao encontro do místico, não eliminaria   os incômodos "grilos", todavia lhe parecia um leve conforto. A Xamã respondia  pelo nome de Anaili, indicada pelo amigo Deusdedit Utrecht Dutra. Ela  estava atendendo um  cliente, e não o recebeu  de imediato. Esperou cerca de quarenta  minutos,tendo sido  convidado a  sentar-se numa elegante e legítima  cadeira chippendale. Tímido,  como sempre diante das pessoas não conhecidas, adentrou e começou a narrar o sonho para a maestrina do ocultismo. A Xamã, lhe ouviu atentamente. E  repentinamente murmurava frases,   como por exemplo: Oh Ely Ely ! Falava em aramaico: Oh Deus, Deus !  A sessão transcorria sem intercorrências. As palavras inesperadas da protagonista do mistério foram duras.Disse-lhe ao grego estando a precisar tomar decisão. Não fraquejar diante da Teresa Fenix. E disse um verso de uma musica do compositor Edu Lobo: "toma decisão tá na hora, lança o seu saveiro no mar".


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