3 de julho de 2021

A caverna de Platão

 

Se se  falar de autoritarismo, devo narrar sobre  conquistas, guerras com muitas hemácias  diante  da têmpera   metálica do homem,     “honrando”  o hormônio masculino conhecido como  testosterona. Cuja produção se remete aos     testículos. A velocidade estúpida com risco de morte,  com poderosas motocicletas, automotores, aviões e as competições olímpicas nas diversas modalidades, provam a maximização da  virilidade. Muitas das vezes o segundo  colocado, por frações de segundos, não se transformou em celebridade. Essa competição está camuflada de muita grana, uma grana preta, ou pretíssimas.   Ou no cérebro deles, se julgam autênticos semideuses, tal qual o grego Ulisses, no livro de Homero (400 A.c). Por aqui nas terras sul-americanas, abaixo da linha do Equador, floresceu uma civilização modesta com as crenças inerentes a cultura local. A figura materna é subordinada ao pátrio poder,  na função de caçador, carrega os suprimentos para   alimentar o clã familiar. A mulher faz as coisas da  caverna e educa os filhos. Transmite aos rebentos o autoritarismo apreendido do lado paterno. Na escola a professora, é também auto- referente e pratica ou praticava   castigos, como bater na cabeça dos alunos,  com varas, e/ou ajoelhar em  sementes de milho ou feijão. A quem defenda o retorno dessa anacrônica  metodologia.  Esse é o castigo, herança contido no genoma  do mundo. Lembrar sempre  de Genghis Khan e o Império romano, e recentemente a Segunda Guerra Mundial, todos esses eventos são  ferramentas transmutadoras do DNA da violência. Existem 68 milhões de refugiados no mundo, a maioria, africanos. Morrem cerca de 10 milhões  de crianças ou mais  de subnutrição na África.  As crianças escravas na Suiça "civilizada", foram internadas em vários conventos religiosos. Libertadas  após a Segunda Guerra. Uma vergonha para o país de Guilherme Tell. As autoridades dos países causadores das diversas dores e genocídio no mundo,  estão a dever reflexão, indenização e desculpas pelos crimes hediondos cometidos. Recentemente a Alemanha, França e Bélgica pediram desculpas por terem praticado a crudelíssima e injustificável escravidão nos países conquistados por eles, pelas armas, na África de  Nelson Mandela ou Madiba. Sem esquecer os mais de 6 milhões de judeus, ciganos e negros mortos nas câmaras de gás, pelos nazistas.  E a carnificina entre hutus e tutsis na antiga Ruanda, massacre de My Lai no Vietnam, a execução sumária  de Katyn na Polônia, pelos russos e/alemães nazistas. E quase por último a Guerra do Paraguai e  Brazil, um outro verdadeiro massacre.     E tanto mais. Stop! E assim caminha a humanidade.