14 de novembro de 2015

Banho de sangue



Na sexta-feira treze de novembro de 2015,  na luminosa Paris   foram  assassinadas mais de uma centena de inocentes em  lugares diferentes, e mais de  trezentos nos hospitais, foram alvos bem próximos um do outro. Há  suspeitas que os autores sejam dos movimentos radicais, tais como o Exército Islâmico, que degola indivíduos e publica nas  redes sociais para o mundo tomar conhecimento da barbárie. O governo francês declarou que vai dar combate sem piedade,  aos responsáveis pela carnificina. Injustificável a conduta nefasta dos extremistas, pois escolheram como estratégia usar homens-bomba e  fuzis-metralhadoras kalashnikovs   para matarem gente do povo. Não há clareza, há camuflagem para se esconderem na prática de atos ignóbeis contra população civil. Não dar chance a defesa, é assassinato. O Daesh (como é conhecido o Estado Islâmico) acordou a União Europeia, OTAN e outros aliados. A expressão "sem piedade " é forte demais, pois remete a antiga lei de Talião - dente por dente, olho por olho". O discurso proferido pelo Presidente François Hollande estava sob forte impacto emocional, diante da tragédia por saber das centenas de patrícios  mortos covardemente pelo terrorismo. Com certeza, quando os ânimos arrefecerem e os  responsáveis forem  julgados,  a justiça se fará sob o manto da civilidade. Não há outra alternativa  que não seja pela legalidade. Caso contrário, a França não seria  a França  de Jean Jacques Rosseau.

8 de novembro de 2015

Alguma coisa




Quando Frank Sinatra gravou – Something – do Beatle George Harrison, afirmou para a imprensa internacional que Something é  a mais bela música romântica  dos últimos cinquenta anos. Ele tinha autoridade para declarar algo igual ou próximo disso. Trata-se de uma canção de amor,  e os versos que a acompanham, confirmam par e passo.O consagrado compositor e intérprete o inglês Eric Clapton fez um show póstumo para o autor George Harrison, disponibilizado no You Tube. O poeta escreveu: Alguma coisa em seu sorriso/ ela sabe/ ela  sabe o quanto eu acredito/ que eu não preciso de outro amor. A introdução é limpa, apresentada pela  guitarra desse roqueiro ainda pouco reconhecido pela mídia. As vozes dos outros companheiros da banda formaram  um belo coral. E finaliza numa tradução livre,  como o (im)ponderável: você me pergunta se isso irá tornar-se amor,  eu não sei, eu não sei, vendo de perto pode ser mesmo,  eu não sei, eu não sei.

Uma pequena ajuda dos amigos



Os Beatles marcaram para sempre a geração na qual estava inserido cronologicamente. O Long Play – Sargento Pimenta – tem algumas faixas como a A little help from my friends, que com atenção pode-se apreciar o som do contrabaixo empunhado por Paul MacCartney. O ritmo é marcado com brevíssimos gaps, e o andamento é dado pela percussão – Ringo Starr - e os floreados através das guitarras do John e George (não entendo, eles poderiam estar por aí, e não por lá). A poesia é simples, na tradução livre: Uma pequena ajuda dos meus amigos. A voz nessa canção é do baterista e sobrevivente Ringo Starr.  O tema se inicia assim: O que você faria se eu desafinasse?  Empreste-me seus ouvidos, e tentarei não desafinar... com uma pequena ajuda dos meus amigos. O que fazer quanto o amor está longe?  E na sequência os versos  da  mesma magnitude. Aliás, os amigos são para sempre.

4 de novembro de 2015

Andorinhas


Alguns pesquisadores classificam as andorinhas como – aves dos céus – pois voam longas distâncias. Foram batizadas na família dos  hidrobatídeos. Voam sobre os oceanos  Pacífico e Atlântico, visitam a Patagônia (sul da Argentina)   e as alterosas andinas.  Há aquelas apelidadas de andorinhas do mar, essas também empreendem viagens intercontinentais. Há pesquisas,  que a navegação de bordo das andorinhas  se  atras das  estrelas. Quando chove, o teto estelar se encobre então elas devem apresenta dificuldades na travessia dos mares. Os pesquisadores suspeitam que as aves  migratórias em geral, utilizam  também o eixo eletro-magnético da terra na  direção norte e sul, as luzes e celulares interferem no voo. O relevo da terra é também outro orientador.  Chegam ao destino, com inevitáveis perdas  pelo espaço aéreo. O retorno se faz misteriosamente para o ninho original. Elegantes pelas  combinações cromáticas, na maioria das vezes o  preto e branco, dando-lhes sobriedade. Elas apresentam alguns modelitos como a Andorinha-de-cauda-tesoura, de coleira, do rio, do campo, e do  peito vermelho ( essas viajam do hemisfério norte entre setembro e março). As andorinhas por conta do imponderável, enfeitam as poesias de algumas canções, desde Altemar Dutra cantor romântico dos anos 1970, com a canção "Vai andorinha" até a italiana  Gigliola Cinquetti, – na letra da canção “ Dio como ti amo” com os versos  le rondini nel cielo  na tradução livre as andorinhas do céu,  e tantas outras odes reverenciadas a esse pequeno e valente pássaro migratório. A de cauda-tesoura constrói os ninhos utilizando secreção salivar, além da paina e penas macias. Na Europa os ninhos ficam nas escarpas íngremes. Os ninhos das andorinhas feitos somente com a secreção dessas avezitas, é considerado uma iguaria gastronômica. Não emitem os cânticos tradicionais da passarinhada, elas chilreiam, gazeiam ou arrulham.   Eis o ditado popular andorinha sozinha não faz verão.




 

 Andorinha de cauda tesoura