16 de janeiro de 2016

Éolo



Éolo, deus do vento,  deu a Ulisses um alforje que guardava todos os ventos. O deus que lhe presenteou, alertou-o que o bornal jamais deveria ser aberto. Na tumultuada viagem marítima que empreendia, era um indicativo para chegar seguro ao destino, a cidade de Ítaca. Penélope mulher dele, esperava por dez longos anos, segundo a narrativa épica do escritor Homero no livro - Odisseia -  que viveu 500 a.C. Durante o trajeto, num cochilo de Ulisses, os marinheiros curiosos - na expectativa de encontrarem ouro -  no alforje, o abriu. O mar se revoltou e Ulisses voltou à estaca zero. A curiosidade é uma anti-virtude, mas é também uma grandeza, pois a pesquisa é coadjuvada pelo espírito curioso do cientista. Alexandre Fleming (1881/1955) encontrou a penicilina, ao espirrar sobre uma lâmina. Esse revolucionário antibiótico salva milhares de vidas. Outro caso de curiosidade à moda marinheiros de Ulisses ocorreu-me quando ganhei um  trenzinho de corda, em um natal. Com trilhos, e quando acionado soltava uma pequena fagulha pela chaminé por cima da casa de máquinas. Utilizei demais o pequeno e inteligente brinquedo, pois a ferrovia e os trens são parte do meu inconsciente. A minha felicidade durou pouco, com chegada de um querido primo que alertou-me, pois estava a dar pouca corda no mecanismo. Meu primo ao me corrigir a rodar a chave, quebrou o meu passatempo.

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