10 de dezembro de 2015

Sanhaço Azul ou thraupis sayaca






Onde morei, e  estou a morar, existe uma mangueira no quintal com mais de meio século, sombreando e doando mangas espadas anualmente. E que mangas. Estou sempre as colhendo nas manhãs dos outonos. Segundo o médico ortomolecular Helion Póvoa o organismo precisa de açúcares como primeira refeição, exceto os diabéticos. E ele recomenda a frutose, sendo que as mangas, pitangas ou amoras,  as minhas preferidas. Outro dia, reservei quatro manguitas numa tigela, e as coloquei na lateral do tanque de roupas.  Em seguida  fui comprar alguns pães, o que raramente o faço. E no retorno, as mangas estavam sendo bicadas por dois sanhaços, ambos azulados. Um casal? Talvez. Os sanhaços não são dissimulados. Assumidamente ariscos e vigilantes. E o instinto do pássaro conectou a minha intenção, pois passei a deixar as mangas na tigela, e transformaram-se em comensais cotidianos. O habitat dessas aves não são tão somente,  as combalidas matas secundárias.   Os sanhaços são antrópicos, quer dizer, vítimas das modificações provocadas pelo homem no meio ambiente,  os tornaram adaptáveis aos espaços urbanos. Essas aves  põem três ovos brancos, meio esverdeados, com pintas e traços marrons. Incubados pela fêmea por doze a catorze dias, e com vinte dias começam a ensaiar os primeiros voos. 




 

Nenhum comentário:

Postar um comentário