31 de maio de 2018

Teresa Fênix 48a. Parte

Teresa Fênix engordou muito, mais do que esperava, e dizia para algumas amizades, atribuindo a  ansiedade,  que havia tomado-lhe  conta. E se alimentava mais do que  necessário. Parecia   estar  grávida. E passou a caminhar, como parte  dos indivíduos ávidos a perderem peso, e melhorar  a condição física,  pelas ruas quase desertas da cidade. No inverno essa prática diminuía, principalmente quando a "chuva de horta" como falam os habitantes da região, molhava o uniforme, e o tênis encharcavam-se  nas pequenas poças d'água. Assim era parte da rotina de Teresa Fênix. Sem contudo esquecer o  seu comandante Nemo.Numa dessas caminhadas encontrou-se com Elza,  ex-auxiliar doméstica do marinheiro. E travou-se um diálogo assim: Olá Teresa ! Oi (um oi seco) respondendo-lhe  meio a contragosto, pois sempre desconfiou ser a Elza  uma fofoqueira contra ela. Mas enganou-se. Afirmou-lhe que o comandante gostava muito dela. E desistiu, pela inconstância  de Teresa de Fênix. O comandante dizia para Elza, que Teresa Fênix era apaixonada por um policial. Ela respondeu-lhe, que era verdade, todavia, há muito descurtiu  o gendarme. E convocou a Elza para colaborar no canjerê para retornar aos braços do comandante. Elza era uma veterana mãe-de-santo do candomblé. Aliás toda família da Elza  foi iniciada na religião de matriz africana, cuja a saudação é  saravá !

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