19 de setembro de 2013

O ladrão de galinha, e o ladrão de casaca



Há um aforisma, de cunho popular, assim: "Para os amigos tudo, para os inimigos os rigores da Lei", essa máxima popularesca e (des)pretensiosa, remete a uma reflexão diante do julgamento dos protagonistas do julgamento, apelidado pela imprensa de "mensalão"(desvio de 141 milhões de reais dos cofres públicos) que foram beneficiados, coincidentemente, após da nomeação dos novos ministros, os quais votaram a favor da quadrilha, que segundo o Ministério Público Federal, construiu o valhacouto junto as hostes do alto poder público do país. O Brasil consciente está de luto... recolhido face ao desfavor que alguns patrícios cometeram contra a República brasileira. Não se deveria acreditar, que o país está abaixo da linha do Equador, um país periférico, não tão somente no recorte geográfico, mas naquilo que é ético e moral. A bandeira brasileira está à meio-mastro na consciência daqueles que incorporam sentimento cívico, diante dessa hecatombe, que vitimou grande parte da nação brasileira. A convicção de Cícero - grande tribuno romano - que do altíssimo saber, no seu terceiro livro do tratado "Dos deveres", citou os versos de Eurípedes, repetidos por Julio Caio César: "Se se há de violentar a justiça, é para reinar que se deve violentá-la. Nos demais casos, pratica-se a virtude". O julgamento desses juízes, que estão acima do e bem do mal, será através da história, contudo serão prisioneiros da suas próprias consciências, pois relembrarão dos seus votos, ao adentrarem nos teatros, cinemas e outros locais, quando serão recepcionados com insultos e vaias dos populares. Fica patenteado que a justiça é enviesada, a favor dos endinheirados. Se fosse um ladrão de galinhas, certamente já estaria algemado e trancafiado numa cela fétida, num desses rincões do Brasil tupiniquim e continental.

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