26 de março de 2017

Teresa Fênix (33a. parte)

O marinheiro helênico  deu de ombros, diante da proposta estapafúrdia de Teresa Fênix. E seguiu em frente, dessa vez visitando uma instituição,  cuidadora de crianças e jovens  portadoras de necessidades especiais. Dentro do espaço da meninada,  ele se detinha mais no diálogo com aqueles acometidos pela Síndrome de Down(distúrbio genético causado pelo cromossomo 21 extra, conhecido como cromossomo do  amor. O resultado da pesquisa se deu em 1862, pelo cientista inglês John Langdon Down), era uma atitude isolada, era  da sua própria  lavra.  O comandante depois de algumas visitas se transformou em voluntário, prestando serviços de todos matizes. Conquistou a amizade dos  internos. Ensinava o que se supunha saber, ou seja, contando histórias  da navegação marítima. Trouxe de casa as fotografias das viagens transoceânicas, réplicas de diversas embarcações do passado e da atualidade, e inclusive do navio com o qual atravessou o acidentado e perigoso estreito de Magalhães. Eram tantos os questionamentos da petizada, alguns repetitivos. Mas ele não se importava com as perguntas reeditadas. E não percebia que  tempo passava celeremente. Intuiu que a solidariedade era um vetor importante de realização pessoal.  A memória do comandante viajava pelos mares navegados e a navegar. Os   flashes mentais iluminavam-lhes as recordações.  A propósito sobre lembranças e memórias, eis a narrativa:    Os vinhos generosos melhoram muito ao passarem pela linha, pela evaporação das partículas aquosas, assim também a recordação se purifica ao perder as partículas da memória, sem que por isso se desvaneça em fumo, como também não acontece aos vinhos generosos. Tal assertiva filosófica é do dinamarques   Soren  Kierkegaard (1813/1855) n'O banquete. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário