12 de março de 2017

Teresa Fênix (32a. parte)

O  marinheiro grego vivia o teatro shakespiriano, onde a (in)certeza dominava o pensamento, quanto a resolver ou não uma dependência de Teresa Fênix, fruto inexorável de uma monumental carência. Quem diria esse grego-filósofo se render aos encantos de uma nativa dos trópicos? A distância das afinidades aumentava a cada encontro furtivo. Mas a atração física preponderava ( ou outro sentimento, compensação ou comiseração). Era do conhecimento dele, esse comportamento,  são  complexidades do enigma amoroso, autênticas  dúvidas traidoras,  aliadas metálicas do medo de se  arriscar. E para agravar o momento, Teresa Fênix estava tendo  suporte financeiro  do  ex-namorado. O grego mediterrâneo não se sentiu confortável ao tomar conhecimento dessa novidade. Entrou em alfa. Meditou durante sete dias e sete noites. E não vislumbrou no imaginário, um porto seguro para ancorar o navio cheio de sofrimento, a lhe aturdir. Teresa Fênix numa manhã nublada, lhe procurou e após os cumprimentos de praxe,  convidou o Capitán dos sete mares,  a viajarem a uma praia deserta próximo a Marroquin (perto da histórica igreja N.S. das Neves, no município de Presidente Kennedy/ES,  construída em 1581 pelo puris, botocudos e escravos africanos, sob o chicote do jesuíta espanhol Padre Almada).   Nos primeiros instantes o  grego entrou em parafuso, e ficou furioso. 

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