18 de dezembro de 2016

Os curumins sofrem



Príncipe da poesia brasileira, essa titulação,  foi  outorgada pela ABL – Academia Brasileira de Letras - ao poeta Olavo Bilac(1865/1918). No poema “Língua Portuguesa”, de autoria bilaquiana, eis os seguintes versos iniciais: A última flor do Lácio, inculta e bela/És a um tempo, esplendor e sepultura”. O continente americano do sul, acrescentando-se o Caribe e suas ilhas, sem contar o México,  foram todos estuprados  pelos espanhóis. O único a falar português, herança do colonizador, além da sífilis, e que foram  iguais aos hispânicos, é o Brasil do índio Tibiriça. Esse é o mesmo Portugal, velho sabujo dos ingleses. A igreja católica muito mais pecadora do que santa, com  os seus jesuítas, no início da colonização do do Brasil de Ary Barroso(1903/1964), tentaram uma improvisada  e positiva  pedagogia lingüistica através de um sincretismo semântico, com a linguagem tupi e o idioma do colonizador. A metodologia fluiu com sucesso. E a comunicação foi facilitada entre os índios e os ibéricos. Até que a coroa lusitana, tomou conhecimento e proibiu com fuzilamento os infringentes. Se história tivesse sido outra, talvez Olavo Bilac tivesse escrito assim: És a um tempo esplendor e belezura, ou nada disso..contudo, jamais a  lúgubre sepultura, ou  é?  E com certeza teríamos uma linguagem mais popular, com menos normas e regras. E os conflitos lusófonos,  não existiriam com o conservador Portugal. Agora não tem mais jeito, os curumins sofrem.

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