22 de novembro de 2016

Teresa Fênix ( 21a.parte)

Ulisses a cada dia vivido no Panamá, aumentava o afeto por Maria Gualupe em proporções geométricas. E de quebra passou a se interessar bastante pela cultura panamenha. Adotou o traje  das elegantes e confortáveis guayaberas. Às vezes ficava em  alfa para refletir o futuro. A mãe instável, pela convivência com Chefe, que sob  efeito da droga a espancava e privava-lhe a liberdade. Ainda menor, muitas dessas cenas foram presenciadas por Ulisses. O grego por quem nutria carinho paterno, não avançou no relacionamento com  Teresa Fênix. Mesmo abstraindo a gama de informações e conceitos consolidados, a egolatria dela não permitia que os corações se encontrassem. Ulisses se sentia fragilizado. Buscava uma vida alternativa, com traços qualitativos. Intuía na possibilidade de modificar o seu modus vivendi. Não imaginava as barreiras a serem enfrentadas num país estrangeiros. Uma delas é a pronúncia da  língua hispânica  na América Latina, por ser  falada muito rapidamente parece terem um ovo na boca, atrapalhando a inflexão dos fonemas(como comentou certa vez o escritor Artur da Távola, todavia reconheceu ser na Bolívia, o castelhano mejor hablado). Com tempo dominaria a linguagem do poeta chileno Pablo Neruda(1904/1973). A saída de se casar, talvez fosse a mais factível forma de permanecer naquele país, legalmente. Ulisses de então, era muito jovem. E sua mãe ao saber, talvez  viajasse até Ulisses para impedir a possível união.   Como bom enxadrista, se pôs a pensar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário