3 de setembro de 2016

Teresa Fênix (terceira parte)

Tereza Fênix recebeu inesperadamente a  visita de Maga Psicológica, na função de relatora do preocupante  estado do filho, inspirador de cuidado médico, pois estava na unidade de tratamento dito intensivo. A sogra começou a proferir insultos dirigidos a nora, a qual não aguentando pediu-lhe que se retirasse. Tereza Fênix chorou. Chorou copiosamente, lamentando ter escolhido o Chefe como marido. Mas nesse momento egípcio, era melhor, levantar sacudir a poeira,  e dar a volta por cima. A luta é contínua.  Buscou   uma explicadora para o pequeno Ulisses,  era  bom aluno em matemática, no entanto  em português, geografia, biologia  e história, grafava expontâneo, o Nilo nasce na Amazônia, pistilo era um pássaro, e os vikings descobriram o Brasil(pode ser, mas não é oficial). Teresa Fênix foi  na casa da  professora aposentada, que ouvia o Bolero de Ravel, e na  parte musical  mais agudizada, onde a orquestra tocava na plenitude todos os instrumentos, e   a professora não ouvia o chamamento. Tereza Fênix acostumada com o som  caipira, dito universitário, com pitadas do  rock and roll, se encantou com Maurice Ravel(1875-1937) e ouviu toda a obra desse francês, imortalizado pela arte da música erudita. Ao término,  foi recebida pela mestra e combinaram, preço, dia e hora para ministrar as  aulas particulares. Tereza Fênix acreditava na mística da fé, e por isso se entregou as mantras, com a esperança de maior conforto interior. O Chefe saiu do estaleiro, e costurado retornou ao Monte Líbano. Foi para uma cela, cujo os internos eram menos agressivos. Maga Psicológica foi visitar o filho num domingo. As filas eram imensas, e mãe do recalcitrante bebeu todas no dia anterior, de ressaca,   acordou fora do horário. Ela foi ao início da fila indiana, e tentou subornar uma mulher. A desconhecida denunciou em voz alta, a intenção da Maga Psicológica, que foi chamada atenção  pela agente carcerária. E a mãe do Chefe foi a última e entrar no Monte Líbano. A genitora encontrou o filho corado e bem humorado. Assim pensou a mãe: tão efusivo ele está, será que tem entorpecente na prisão?  O Chefe apresentou alguns companheiros, como se fossem velhos amigos. Dois deles eram estelionatários, gentis, como se fossem alunos do Instituto Rio Branco. Eram autodidatas na interpretação do cipoal das leis do Código Penal. Na ocasião, disse a  mãe dele que o causídico do Chefe deveria ajuizar recurso assim e/ou assado. A mãe deu-lhe um bom dinheiro, todavia o Chefe disse ser insuficiente para quitar compromissos assumidos, senão poderia ser  maltratado como da primeira vez, ou o pior poderia acontecer.

 

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