7 de setembro de 2016

Teresa Fênix ( décima parte)

No terceiro ou quarto dia, Ulisses começou a treinar o idioma hispânico. Nas tratativas que manteve no comércio em geral, quer na busca de livros sobre xadrez, ou na compra de uma guayabera, traje típico da América Central, começou a gostar do castelhano.   Gradualmente ia arranhando a língua do escritor Miguel de Cervantes (1547/1616). E se animou tanto, ao adquirir um livreto sobre as expressões de cortesia em espanhol. Ao chegar exaurido de um passeio, encontrou no hotel uma correspondência, por parte do diretor cultural do governo panamenho,  convidando o jovem brasileiro, para um evento de música e dança do folclore daquele país amigo. Estreando a elegante guayabera de cor branca, foi a festa. Cumprimentou timidamente as autoridades locais, ouviu discursos entediados, e depois das apresentações dos corais, em seguida as danças típicas regionais. Após um brevíssimo intervalo, uma afinadíssima orquestra caribenha tocou os rítmos merengues, rumbas e mambos. Ulisses foi convidado pra dançar com uma tica panamenha. E muito se divertiu.


Teresa Fênix ( décima parte a)


 E aqui na terra de Ari Barroso ( 1903/1964), o Chefe iniciou o plano de fuga, conseguindo os mapas subterrâneos para localizar as galerias pluviais e do esgotamento sanitário. Tal proeza em ter esse mapeamento, foi via a mãe do braço direito do Chefe, cuja a comadre trabalha no órgão público. Estudou detidamente todas a geografia do subsolo, para escolher onde seria o ponto zero, para a construção da rota de fuga.  Inteligência cartesiana não lhe faltava. Elegeu os comparsas que estariam nessa ousada empreitada. Sob o código islâmico (quem delatar, morrerá) deu início a obra. Nas visitas dos familiares, recebiam as encomendas, tais como ferramentas (de pequeno porte) pilhas para lanternas, ventiladores e outros apetrechos. 


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