6 de setembro de 2016

Teresa Fênix ( nona parte)

Na época era  presidente do Panamá, Manuel Noriega, (hoje se encontra preso na França), simpático, afrodescendente, de sorriso tímido, e rosto bichiquento. O  alter ego do presidente Manuel Noriega, atendia pelo nome de Lemgruber, cachoeirense, íntimo das magias, alquimias e se dizia  babalorixá, talvez nas horas de folga. Ulisses tomou conhecimento que o acima referido Presidente entregaria um prêmio extra ao mesmo. O Comitê da OEA, não se opôs e tal ocorreu num amplo espaço publico e  cultural na área central da capital panamenha.  Também o enxadrista foi convidado pelas autoridades oficiais para visitar as eclusas do Canal do Panamá (1914) onde se realiza a travessia dos navios do oceano Atlântico para o Pacífico. (O pintor impressionista Paul Gauguin (1848/1903) de avó materna peruana, curiosamente trabalhou na construção dessa monumental obra de engenharia). Ulisses ficou impressionado com o enchimento de água nas eclusas (pelo desnível dos oceanos), cuja extensão são  setenta e sete quilômetros. O que marcou  Ulisses foi a alegria contagiante do povo panamenho, e como eles sabiam sobre o Brasil, e ele  nada sabia sobre o país que lhe acolhia. Ele chegou a conclusão ser o panamenho,  admirador dos brasileiros. Aliás toda a América que fala espanhol, trata-nos como pueblo hermano.  No hotel, pela manhã o café da manhã, um verdadeiro almoço. Carne de porco, guloseimas de milho, cachorro quente, café, leite e variados acepipes. Esse costume alimentar, creio ser alguma influência norte-americana. As lojas eram imensas, com produtos diversificados e estrangeiros. Como se fosse  a cidade  um mega free shopping. Ulisses ligava para Teresa Fênix no Brasil, afim de  saber das novidades. E uma notícia o entristeceu-lhe bastante foi saber sobre a morte de Maisbela (cadela de estimação). Ulisses chorou baixinho no quarto do hotel. Maisbela fazia-lhe companhia quando insone, pensando na vida torta do pai dele. E na (im)possível oportunidade de revê-lo. Maisbela foi importante  na vida dele, que não mais necessitou de tomar ansiolíticos para dormir. Os animais tem uma linguagem própria, além do instinto. As pesquisas são incessantes na busca de desvendarem esse códices dos animais. Creio haver uma simbiose entre o homem e o animal.

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