22 de maio de 2016

Navalha Solingen



Estava a dirigir mon petite voiture ( modesto, contudo valioso aprendizado de francês  e ou inglês ministrados em colégio público no interior capixaba há anos)  e diversas digressões  iam e voltavam igual a um boomerang australiano, tomando  por exemplo, os costumes aqui na terra brasilis, tal qual o chapéu de aba curta  usado pelo famoso sambista  Zé Keti (1921/1999). O dente encapado de ouro. Unha longa do dedo mindinho. Colar com São Jorge de bom tamanho, camisa semiaberta. Anéis em ambas mãos. Sapatos lustrados de duas cores. Cabelo cortado à moda príncipe Danilo. Calça branca e larga,  de linho meio amassado. Ou os mais desleixado, calçando mocassim(sem salto)  que pertencia a malandragem. No passado esse tipo de pisante, era fácil de se retirar dos pés para se defender da navalhada  desferida por uma  Solingen, cujo  fio é um dos melhores do mundo. As vezes o palito  correndo celeremente de um extremo ao outro da boca. Enfim são diversos gestuais praticados pelo povo de origem ameríndia, europeia e ou  africana. Hábitos cultivados pelo povo, não merecem nenhum tipo de julgamento, ou crítica. A cultura é a referência maior de uma nação. Billy Blanco, Bezerra da Silva, Moreira da Silva e Tom Jobim foram usuários de chapéus panamá,   e de  roupas alvas e amarrotadas pelo uso. Pierre Trudeau ex-premier do Canadá  apreciava receber chefes de estado calçando sapatos brancos sem meia e blazer sem gravata. Toda essa etiqueta, de se usar terno e gravata a uma temperatura de quarenta graus centígrados à sombra,  para se apresentar as autoridades,  tem origem lusitana. Esse comportamental é originado em Portugal que se considera até hoje, como se fosse uma sub-Inglaterra. Desde o traje passeio completo, e as  tratativas exageradas quer na escrita e na verbalização, quer na indumentária, está a copiar o país europeu que mais invadiu o mundo E ainda dizem:  God save the queen.

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