1 de maio de 2016

Cupim



Caminhando por uma estrada de chão (no contexto paranóico, é preciso perder peso), na terceira caminhada empreendida encontrei um minúsculo túnel construído pelos operários cupins. É sabido que esses insetos se alimentam da madeira, e se instalam nas árvores, nos móveis e em noutros locais, e os destroem. Ao ver os pequeninos túneis, numa rápida atitude acabei com a passagem dos cupins. Eles se confundiram e bateram cabeça, pois se locomovem fazendo curvas suaves e longas trilhas lineares.  Ficaram atônitos diante da destruição. No dia seguinte voltei pelo mesmo trajeto, e notei que os pequeninos túneis estavam todos reconstruídos. Uma obra de arte cujo vetor pode ser a nanotecnologia da sábia natureza. Na empírica observação  os cupins edificam a obra deles por dentro, como se fossem os tatus mecânicos construtores  dos metrôs na Europa. A família dos cupins é numerosa, destacando-se os cabeça-de-negro, cabeça-de-saúva, das árvores, das casas, das folhas, de madeira, de monte, de montículo, murundu e outros. Diante da lição de vida dos cupins, pela tenacidade da reconstrução, persistentes no objetivo, que é a busca da alimentação, como integrante do fator do equilíbrio do ecosistema, talvez a  pesquisa pura sobre os cupins, revele a função natural desse inseto no planeta terra, que é infinitamente mais destruído pelo homem, do que pelos isópteros (cupins).

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