17 de agosto de 2013

China (1)


A China é por demais misteriosa, e encantadora. A mística dessa raça, dita amarela, conta com cinco mil anos aproximados de existência, e habita uma área de nove milhões e meio de quilômetros quadrados. As provas dessa existência são produzidas pela arqueologia, através do teste carbono 14. Na China de Zhou Enlai, as dinastias prevaleceram como forma de governo, que são dirigidos por familiares e parentes, sendo que alguns casos, duraram mais de dois mil anos. Como paradigma, a dinastia Shang (séc.18 até 1025 a.C), não foi a primeira, contudo foi a mais longa. A escrita chinesa é verticalizada, e a linguagem do ideograma exprime uma ideia ou objeto. A sintaxe chinesa é composta de milhares de sinais gráficos, carregados de farta simbologia. Kuo-Mo-Jo, um sábio das hostes do PCC - Partido Comunista Chinês, conheceu 50.000 ideogramas. Para se ler um jornal se faz mister dominar tres mil, um professor, sete mil, e um erudito, cerca de dez mil ideogramas. O viés místico, possui um exemplo clássico: a serpente tem o significado da renovação da vida. As conjecturas sobre a origem chinesa foram calcadas em cima de heróis culturais, destaque para o Imperador Amarelo considerado o fundador da China, contudo o entendimento, no mito fundador, na realidade ele foi o restaurador. A China o antecede: ela avança rumo a consciência histórica, como um Estado estabelecido, necessitando de restauração, e não de criação. É um paradoxo da cultura desse povo. Confúcio não inventou uma cultura, ele revigorou os princípios da harmonia que haviam existido num outro momento histórico da China, mas que haviam se perdido na era do caos político...Parece haver uma cultura atávica no “inconsciente coletivo” desse povo asiático.

Referencias: Henry Kissinger - Sobre a China / Dicionário de simbologia - Manfred Lurker / Navegação de Cabotagem - Jorge Amado

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