10 de agosto de 2013

Orlando Orfei e o circo



O circo é uma atividade artística, todavia metálica, pois resiste ao longo do tempo, desde os espetáculos patrocinados pelos romanos, nas suas largas arenas. Isso ocorreu na Idade Antiga no enfrentamento de guerreiros versus guerreiros e/ou bandidos e feras de todas as espécies da época. O povo estava sempre presente, nessa diversão, bem como o rei, os sátrapas e outros. Assim era o costume, segundo a história. Todavia a multicultural China, do alto dos seus cinco mil anos (ou mais) de existência, quiçá, há muito cultivasse o  circo. Recentemente tomei conhecimento de um procedimento: Porque o elefante dança quando se executa uma determinada música no picadeiro? Ora pois, esse mesmo elefante foi “treinado” ao ser colocado sobre uma chapa de aço quentíssima. O animal sofria com a temperatura, e "sapateava", pela dor intensa, e concomitantemente ouvia-se  uma música. O animal diante dessa perversidade, condicionou-se; e nas apresentações, a mesma sonorização quando tocada, o elefante dançava. Esperamos todos, que esse tipo de espetáculo, não deve ser  apresentado. Contudo o circo, é o palhaço e suas brincadeiras, o jogo dos malabares, a travessia nos fios de arame, trapezistas(com rede de proteção ou não) globo da morte e outros números, fazem do circo um espetáculo lúdico e atemporal, quer para a petizada, quer para o público adulto, que se veste do espírito infantojuvenil e banqueteia-se na alegria. No passado o circo encenava peças teatrais, dentro do roteiro da dramaturgia universal, peças como Romeu e Julieta de Shakespeare, Carmem de Bizet e outros. E uma pequena orquestra fazia a sonoplastia de acordo com andamento do drama. O circo é paixão e amor. A atividade circense é franciscana, despojada como exige toda e qualquer arte. O entretenimento tem algo diferenciado,  é por demais apreciado. O circo enriquece a alma, e o imaginário das crianças em especial. O grande diretor circense – Orlando Orfei – não resistiu a pós-modernidade do circo, tal qual o de Soleil, ou melhor: Cirque de Soleil, com a participação de adonis, narcisos(as) e efeitos especiais, que lembram os filmes ficcionais, disponibilizados pelas novas tecnologias cibernéticas. Orfei não reside em Miami ou em Madagascar, e muito menos em Paris. Com dificuldades, vivia  modestamente em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro, e atualmente mudou-se para Vésper, no espaço cósmico.

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