24 de fevereiro de 2011

Martim Pescador (grande)


Martim Pescador (grande)


...Ceryle torquatus, da família dos linnaeus , assim está gravado nos compêndios científicos. O nome popular dessa intrépida ave é Martim Pescador. Sua nominativa é extensa e regionalizada, eis alguns dos seus apelidos, (inserir Martim Pescador) à   frente desses pseudônimos regionais: Cachá, Cachaça, Uirirama, Ariranha Grande, Matraca, Flexa-peixe, Jaguaticatiguaçu, Iaguacati e muitos outros .
O habitat desse pássaro, é o ambiente lacustre, aquátil . O ninho é construído nos barrancos, às beiras dos córregos e lagos. Vivem em casais, e põe quatro ovos, de coloração branco-pura . Revezam-se durante o choco, num plantão de vinte e quatro horas. Não ganham horas extras e trabalham nos feriados, e nos dias santos. Seus filhotes, conquistam a maioridade aos trinta e cinco dias do nascimento, e timidamente começam a alçar seus primeiros vôos. Em pouco tempo rasgam os céus, e se tornam, quase nubívagos. O Martim Pescador é uma das aves mais coloridos do mundo, ele é poli-cromático, prevalecendo o tom azulado e matizado. Elegante, garboso e de porte médio- pequeno, possui um bico longo e pontiagudo . Tal como os caças de guerra  supersônicos, que tem a concepção deles,  inspirada nos  vôos das aves, que se lançam em  manobras arrojadas. Todo o principio aerodinâmico é baseado nas avezitas. O Martim Pescador (grande), é um apoena, enxerga ao longe, é como se fosse um olhar, à laser ! Por possuir duas fóveas, a sua visão é mono, e binocular, é a chamada de mácula lútea, que é uma pequena zona situada no centro da retina, que maximiza a acuidade visual. Na verdade, é como o "zoom" de uma máquina fotográfica. Então, a pesca do Martim Pescador, é facilitada, pois consegue ver à distancia, mesmo em águas turvas, o alvo-peixe. O espetacular Martim Pescador, pára no ar como se fosse um beija-flor, e focaliza do alto, os cardumes. Ao eleger, por exemplo, uma tilápia nilótica, imediatamente liga as suas "turbinas". e numa precipitada curva descendente, desenha no ar um magistral mergulho linear e rasante, de de bico aberto. Imerge n'água. Adernando rapidamente, fisga , com o seu arpão, disfarçado de bico, o pescado.
Rodopia em torno do seu corpo delgado, e em frações de  segundos, levanta vôo, carregando nas suas presas, o pisceo capturado. E na mesma direção do vento, feito um deus-ícaro, localiza o galho de árvore para aterrissar,  e  inicia a degustação do pitéu. E assim caminha a natureza...apesar do seu arqui-inimigo, o bicho homem.

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