26 de setembro de 2022

Não saber, pode ser um caminho(ou não).

 

 A dúvida é uma disjuntiva. Segrega e perturba.  Elas são corrosivas, às vezes promovem tréguas. E revolta, retorna  e provoca incêndio.O que fazer? Nem sempre é possível se encontrar de imediato,  o  Fio de Ariadne. Coexistir com a dor da indecisão, é uma arte. Lancetar o tumor sem anestésico. A dúvida é um personagem (des)conhecido. O que fazer? Nem sempre é possível, coexistir com a dor da indecisão. Olvidar? Reviver outros momentos? ou repaginar o catálogo imaginário da memória? ou reeditar novas partituras? As mensagens dos outdoors estão presentes nas estradas e nos pensamentos. Os avisos gritam,  às vezes,  para ouvidos moucos, e/ou para leitores estrábicos. Nunca o momento  é propício. Quem sabe faz a hora? Ou a hora se faz para quem sabe? Transferem-se afetos e  decisões importantes. E por isso a dor não passa... a dor da gente não sai no jornal, frase do poeta modernista pernambucano Manuel Bandeira. O tempo e  espaço, ambos  ausentes. O dia está a  raiar. Sol inclemente começa a nascer. O dia se repete,  quase sempre. Carpe diem! Hoje se faz necessário, ser melhor do que ontem. Eia pois, a oportunidade do aprimoramento.  A (in)certeza acorda junto, ou pode ter sido vítima da  insônia(in)desejada. Raro é o sossego. Inesperadamente, o sonho desperta, ao  bater vigorosamente à porta: toc,toc,toc ! Dizendo   em alto e em    bom som: sou eu, disse a voz estranha:  Eros ! A  mitologia grega presente  desde  400 a.C. a permanecer no inconsciente coletivo. Prosseguiu então estrangeiro: sou Eros deus do Amor, filho de Afrodite e de Ares.  E  ordena   igual aos demais  deuses, sendo de praxe, e  em nome do dogma, só funciona como um  ser onipotente: deixe-me entrar, bradou Eros.  Então  lhe foi permitido adentrar, e a anfitriã  foi  flechada pelo Cupido.  Diz um ditado (in)confiável e  popular:   dia de muito, véspera de pouco ! Também dia,  de pouco, não se garante  véspera de muito. Há controvérsias. O amor, diz Beethoven, é parecido com as quatro notas metálicas, no introito da quinta sinfonia do compositor ora citado. A aparição do amor, é inesperada e invasiva.   

 

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