6 de novembro de 2016

Teresa Fenix (18a.parte)

Naquele verão, os rios voadores (cursos de ares atmosféricos) vieram em grandes proporções, trazendo nuvens pesadas (cumulus nimbus) da região amazônica. Na época foram muitas centenas de  milímetros de chuva. A região onde se encontrava o Chefe, respingou muita água. As enchentes tornaram uma constante, e invadiram as galerias das águas pluviais e dos esgotamentos sanitários. Ambos subterrâneos. Todo o trabalho foi jogado por terra. A lama invadiu o túnel cavado pelos homens do Chefe. A depressão foi geral. O Chefe afirmou para os companheiros de cela,  que precisava de paz interior para maquinar nova estratégia de fuga. A prisão por si só, é uma antecâmara do inferno. Nada de  ressocializão. Há uma ausência de tudo. É a resposta que a sociedade encontrou para os criminosos.  Os dias são  lentos e entediados. Habitam-na mãos leves, e outras mãos manchadas de sangue. Nas prisões, a lei considera a fuga um direito do presidiário. Ou seja, a tentativa de fuga (não havendo intercorrência delituosa) no geral  não altera o tempo da reclusão. As motivações condenatórias são diversificadas. O estelionatário pode  ser possuidor(sem saber) da praxis metacognitiva, como método de pensar. Quase sempre é metido a ser autodidata e sedutor nas abordagens que se fizerem necessárias. Enfim, muitas das vezes os estelionatários  são por demais sagazes e velhacos. Sabedor das traquinagens desses embusteiros, o Chefe por ter uma cabeça multitarefa, vislumbrou mentalmente caminhos escusos para tentar evadir-se novamente do presídio. A cadeia não tem como não ser  um variado
 valhacouto.

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