4 de setembro de 2016

Teresa Fênix ( sétima parte)

Na nova penitência(arrependimento, remorso por pecado cometido) ou penitenciária (lugar para se arrepender) ao contrário é uma escola de perversidades com os requintes das maldades. É dessa forma que a sociedade se organizou. É assim mesmo, sem conformismo. O que fazer? A   Bastilha (1789) foi pior do que Carandiru (2002)? Ou são iguais, respeitando o tempo e espaço? O Chefe estava no seu sweet,sweet home, pois foi eleito verdadeiramente o chefe desse pequeno grande aglomerado. Nessa nova patente poderia gozar de alguns privilégios, tais como: roupa lavada, preferência no uso do sanitário, receber donativos(biscoitos, iogurtes e tolhas trazidos pelos familiares dos liderados  do Chefe)  até os privilégios na promiscuidade sexual, a mesma da qual foi vítima. Além de usar furar a fila do parlatório. A vida transcorria normalmente na instituição penal. Até que o Chefe, segundo alegou  em legítima defesa,  mata o desafeto dele, durante o banho de sol. Vai parar na solitária, a antecâmara do inferno. Durante vários dias permaneceu  num cubículo minúsculo, e contraiu uma pneumonia galopante. O bacilo de Koch se instalou nos pulmões do Chefe, que baixou hospital. Creio serem as prisões um modelito da geena terrestre. Há quem não acredite, no contexto místico, anulando a realidade. O Chefe entrou em estado pré-comatoso. E a vida começou a sorrir para o  Ulisses. Conquistou o prêmio de viajar para o|Panamá ( 30 dias, com direito a  aulas de xadrez ministradas por mestres internacionais)  com todas as despesas pagas)  por ter sido campeão numa disputa sulamericana no programa patrocinado pela OEA - Organização dos Estados Americanos -  "O xadrez e a  juventude". Devidamente  autorizado por Teresa Fênix , embarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro no voo  noturno, com escala em Caracas. Ulisses arranhava grego, apreendido  na convivência com Pitacus Teodorakys. De espanhol nada entendia. Praticaria  pela primeira vez o "portunhol" mais o jogo de cintura brasileiro. No Aeroporto Simon Bolivar(1783/1830) em Caracas, para fazer a conexão para a cidade do Panamá, quase a perdeu. O locutor que anunciava as saídas e partidas das aeronaves, falava o espanhol muito rapidamente, e também parecia estar com um ovo cozido boca, como dizia o escritor  Artur da Távola(1936/2008) do espanhol verbalizado na América Latina. O escritor acrescentava que a única exceção é o espanhol boliviano,  de pronúncia mais compreensível.  E nos intervalos tocava os rock-boleros em castelhano de Roberto Carlos. Ulisses impaciente, foi ao balcão da empresa aérea e falou em grego. Foi um milagre, pois havia um helênico que residia vários anos na Venezuela, e trabalhava no aeroporto. Assunto resolvido, e Ulisses conseguiu embarcar, para a terra do Comandante Omar Torrijos(1929/1981).

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