4 de setembro de 2016

Teresa Fênix (sexta parte A)

Alguns anos se passaram,  cerca de seis ou sete anos, e durante esse intervalo, Tereza Fênix, reavaliou a opinião dela e passou a apreciar timidamente a leitura, talvez influenciada pelo namorado grego.  O filho, Ulisses enveredou-se pelos caminhos difíceis das ciências exatas, ao estudar as leis das probabilidades. Tornou-se um respeitado enxadrista, e aprendeu a cozinhar esporadicamente pratos da culinária mediterrânea. O Chefe foi encontrado e preso numa fazenda abandonada no interior das Minas Gerais, na região de Conceição do Mato Dentro Trocou tiros de revólver com os meganhas, mas foi dominado por João Máximo, baiano, umbandista e   capitão-do-mato. Curiosamente, pelo ineditismo e  honraria, era possuidor de ficha limpa na corporação. O Chefe abatido pela detenção, declarou que somente foi descoberto porque não cumpriu obrigação que lhe foi encomendada pelos orixás, na última "gira" acontecida no terreiro do Caboclo Boiadeiro, no  dia dezessete do mês de agosto. Dessa vez o Chefe foi para a Casa de Detenção próxima a BR 262, acusado de tráfico pesado de drogas, talvez um Pablo Escobar(1949/1993) do Cartel de Medelin? No contexto da narrativa, sempre se indaga porque os Estados Unidos é o maior consumidor de cocaína do mundo, junto com a velha Europa?  Como a droga penetra em territórios com  vigilantes insones: drones, satélites rastreadores, cães farejadores, e  lasers. Melhor ouvir Amy Winehouse(1983/2011) interpretando Garota de Ipanema dos  cariocas Tom Jobim(1927/1994) e Vinicius(1913/1980). Na nova cela prisional, ele chegou "cheio de moral", pois dessa vez,  não foi detido por ter desferido porradas numa  mulher. Na sua nova moradia, um catre,  um surrado colchonete, latrina e roupas estendidas. A realidade é mesma. Muitos internos num exíguo espaço físico. 

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